Após uma viagem de moto de São Paulo até a Patagônia, Pedro McCardell decidiu criar o Lyfx. App conecta viajantes a roteiros e atividades
Em dezembro de 2015, Pedro McCardell pegou sua moto e saiu de São Paulo em direção à Patagônia. Durante a viagem de mais de um mês, usando apenas uma motocicleta, o empreendedor queria fazer todos os passeios possíveis. Mas, para alguns deles, sabia que precisaria da ajuda de um instrutor.
Com dificuldade de achar pessoas especializadas, ele teve a ideia de criar uma plataforma para reunir roteiros de aventura pelo mundo.
Surgiu o Lyfx, um aplicativo para instrutores oferecerem seus passeios a viajantes.
“A empresa é a união de três coisas que eu amo: aventura, tecnologia e empreendedorismo”, diz o fundador.
Começou a desenvolver a ideia logo depois de voltar da viagem. Apaixonado por aventura e querendo chamar a atenção de investidores internacionais, o empreendedor se lançou em um novo desafio. Dessa vez, ele foi com sua moto até o Vale do Silício, nos Estados Unidos.
Durante todo o ano de 2017, o empreendedor passou por diversas cidades e pontos turísticos. “Eu mapeei todo o ecossistema de aventura por onde passei”, diz McCardell. Além de visitar esses locais, ele aproveitava para falar com instrutores locais e contar sobre seu projeto.
Quando chegou ao Vale do Silício, McCardell conseguiu seu primeiro financiamento. Começou, então, a estruturar a empresa no estado americano de Delaware. “Começamos nos Estados Unidos porque o mercado de lá estava melhor em termos de infraestrutura. Também era a melhor forma de atrair investidores americanos e europeus”, afirma.
Em 2018, após um ano de desenvolvimento, o Lyfx foi lançado oficialmente.
Para compor a equipe, McCardell convidou colegas com quem já tinha trabalhado em outros projetos. O design do app ficou por conta de Gustavo Kopit e o desenvolvimento foi de Flaviano Redressa. Como a empresa ainda é pequena, a maior parte do time, composto por 10 pessoas, trabalha de maneira remota.
As cerca de 600 atividades disponíveis no app são divididas em mais de 20 categorias. Entre elas estão escalada, surfe, velejo, ciclismo e camping. O aplicativo já teve mais de 20 mil downloads e está disponível em 25 países.
Para faturar, a plataforma cobra uma taxa de 20% sobre o valor de cada atividade contratada. McCardell afirma que o faturamento da empresa ainda não é expressivo, mas que o plano é implementar outros serviços à plataforma.
Até o fim do ano, o plano é lançar uma loja dentro do app para a compra e venda de equipamentos usados, além da contratação de seguros no modelo on demand. Para 2020, o objetivo é fazer parcerias com marcas de esporte.
FONTE: PEGN