Ele começou com investimento pessoal e hoje sua fintech ultrapassa R$ 150 mi em crédito condominial

O CondoConta de Rodrigo Della Rocca facilita o acesso a crédito para condomínios e hoje mira alcançar o primeiro bilhão.

Junto do sócio, Marcelo Cruz, o empresário começou investindo dinheiro do próprio bolso (CondoConta/Divulgação)

Por vezes, os gestores de condomínio brasileiros enfrentam dificuldade na viabilização de projetos, sendo impedidos pelas limitações dos bancos tradicionais. Quando abordado por um desses gestores, que precisava de R$ 200 mil para automatizar a segurança condominial, o veterano no mercado, Rodrigo Della Rocca, decidiu apostar em uma ideia. Junto do amigo e sócio, Marcello Cruz, ele passou a auxiliar os condomínios a acessarem crédito, investindo grande parte de seu capital próprio em veículos e instrumentos regulares que concediam os financiamentos.

Satisfeito, o síndico espalhou a palavra, os sócios continuaram a investir e hoje a fintech CondoConta já soma mais de R$ 150 milhões em crédito condominial concedido.

“Com o interesse cada vez maior de outros gestores, percebemos que enquanto para nós era uma necessidade clara a criação de um banco especializado em condomínios, nos bancos tradicionais os condomínios estavam em uma zona cinzenta, mesmo movimentando bilhões por ano e gastando 3 bilhões de reais com taxas”, diz Rodrigo.

Como a fintech facilita a vida dos condomínios?

O CondoConta começou oferecendo uma conta gratuita, com transações e emissão de boletos. Então, ciente das dores do mercado condominial, passou a oferecer produtos pensados especialmente para solucionar outras preocupações dos síndicos, condôminos e administradoras, como a prestação de contas em tempo real,  automação de boletos e balanços, crédito para financiamentos, seguros, e a antecipação da taxa condominial onde o CondoConta assume o risco da inadimplência enquanto o gestor condominial trabalha sempre com dinheiro em caixa.

O uso da tecnologia sem custos e redução da burocracia geram uma economia anual de milhões de reais em todo país. “No CondoConta, já são mais de R$ 5 milhões poupados em tarifas bancárias, e essa economia chega aos condôminos pela redução das taxas”, afirma Rodrigo. A redução de custos fez com que o CondoConta atingisse, em 2022, um aumento na Receita de 189% da meta projetada, além de ter sido selecionado para o Scale-Up Endeavor 2022.

Oportunidade mesmo em tempos de crise

Em meio à pandemia da covid-19, a fintech apostou na aproximação com os gestores condominiais, não compreendidos pelos bancos tradicionais, afinal, mesmo tendo CNPJ, não são empresas. Enquanto os bancos fecharam as portas, no online o CondoConta cresceu. Atualmente, somam 400 mil usuários mensais e cerca de 3 mil condomínios em todos os estados brasileiros.

“Nós estreitamos os laços com as administradoras de condomínios e síndicos. Nos colocamos ao lado deles nesse processo de digitalização, na busca por redução de custos e gestão de caixa, incluindo garantia de recebimento de cota condominial e financiamentos para melhorias”, afirma Rodrigo.

O crescimento acelerado despertou o interesse de investidores. A fintech recebeu, em menos de seis meses, dois aportes da Redpoint eVentures, investidora de startups como Creditas, Rappi, Gympass e Housi. O primeiro, no início de 2021, foi de R$ 6,6 milhões, em conjunto com a Darwin Startups. O segundo, em setembro de 2021, de R$ 6MM, motivado pelo entusiasmo do fundo com o rápido crescimento da fintech. Ainda em novembro de 2021, a fintech recebeu um novo aporte, desta vez de aproximadamente R$ 10MM, da Igah Ventures, fundo que tem os unicórnios como Infracommerce e Único no portfólio. Os aportes posicionaram a fintech na lista das que mais receberam aportes nos primeiros meses de atuação, a soma é de R$ 22,2 milhões em 9 meses.

Agora, segundo Rodrigo, os planos são liberar as APIs-integrações para todos os sistemas de gestão, acelerando a entrada de novas administradoras condominiais com alianças estratégicas, batendo a marca de centenas de novos condomínios por mês mirando o primeiro bilhão da fintech.

FONTE:

https://exame.com/bussola/ele-comecou-com-investimento-pessoal-e-hoje-sua-fintech-ultrapassa-r-150-mi-em-credito-condominial/