ELA USA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA MELHORAR O RH DE GRANDES EMPRESAS

A Gupy, startup fundada pela carioca Bruna Guimarães, já atendeu companhias como Ambev, Cielo, Embraer e Renner

Bruna Guimarães, fundadora da startup Gupy, que já atendeu empresas como Cielo e Embraer (Foto: Divulgação)

Bruna Guimarães, carioca de 33 anos, tinha uma carreira de sucesso atuando como gerente nacional de recrutamento da Ambev. De tanto lidar com contratações no setor de recursos humanos, ela viu uma oportunidade de negócio. Ao lado de sua colega de empresa, Mariana Dias, 31, percebeu que faltava tecnologia e assertividade nos processos seletivos.

Depois de muitas contas e planejamento, as duas decidiram se demitir para empreender.

Em 2015, investiram na criação da Gupy, uma startup que utiliza inteligência artificial para melhorar o recrutamento das empresas. O problema era que as amigas tinham formação em administração – e pouca expertise em tecnologia.

Com o dinheiro que guardaram, investiram em equipe especializada e procuraram parceiros. Quando montaram seu primeiro time, foram atrás de possíveis investidores. Logo no início da jornada, tiveram a oportunidade de apresentar o seu projeto para a Kraft Foods. A gigante norte-americana acreditou na solução e decidiu investir no desenvolvimento do software.

Com o aporte, conseguiram tirar do papel a solução. A Gupy oferta às empresas um algoritmo que leva em conta mais de 100 características diferentes na hora de relacionar os candidatos com as vagas.

Nesse processo, utiliza inteligência artificial que chega a levar em conta processamentos de linguagem. “Nós conseguimos transformar o texto escrito de uma pessoa em informação útil para as empresas”, diz

Com a solução no ar, a empresa atraiu a atenção de investidores. A startup já passou por duas rodadas de investimento, totalizando cerca de R$ 2 milhões, e agora passa pelo terceiro processo.

Em três anos de empresa, a Gupy já atendeu mais de 200 clientes e realizou mais de 20 mil contratações. No portfólio de clientes, nomes como Cielo, Embraer, Renner, Lojas Americanas, e até a própria Ambev.

O modelo de negócio da startup é o de licenciamento anual da plataforma. O valor varia de acordo com o número de processos realizado ao longo do período. Hoje a empresa com sede em São Paulo já conta com mais de 50 pessoas. Também são sócios Guilherme Dias e Robson Ventura.

Segundo Bruna, a startup quintuplicou este ano. “Queremos continuar crescendo para oferecer processos ainda mais robustos para os nossos clientes”, afirma Bruna.

FONTE: PEGN