Ela criou uma inteligência artificial para tratar doenças crônicas de crianças

A paranaense Bruna Paese é a fundadora da IUBI, startup que aposta em robô para ajudar a medicina

Bruna Paese, 32, sempre teve a certeza de que queria ganhar o mundo. Ela nasceu em Cascavel, interior do Paraná, cidade com pouco mais de 220 mil habitantes, mas decidiu ir mais longe. Ainda jovem, percebeu que a melhor maneira de realizar seus sonhos seria por meio do empreendedorismo. No LinkedIn, sua descrição diz muito sobre o perfil: “uma garota maluca com ideias malucas que está tentando mudar o mundo.”

Não é por acaso que ela se descreve dessa maneira. Aos 32 anos, ela já carrega uma série de conquistas pessoais.

Mulher, do interior do Paraná, levou a primeira startup que fundou, na área de arquitetura e urbanismo, para um programa de aceleração no Chile. No seu segundo negócio, criou o IUBI, um robô que usa inteligência artificial para melhorar o tratamento de doenças crônicas em crianças.

 O negócio está prestes a ser lançado ao redor do mundo, em três línguas diferentes. A ideia não surgiu por acaso. Foi em 2011, quando Bruna realizou uma visita em um hospital infantil focado no tratamento ao câncer, para um trabalho voluntário. Seis anos depois, teve a oportunidade de voltar lá para a iniciativa Hacking Health, cujo desafio era criar uma solução tecnológica para o hospital.

Bruna descobriu que um dos problemas mais comuns nesse meio era a falta de comunicação com o paciente após a alta. Segundo os médicos, a conexão era perdida quase que totalmente – tendo como consequência falhas na etapa de controle das doenças.

Ela, que tocava duas startups ao mesmo tempo, foi selecionada com o projeto de arquitetura para um programa de aceleração no Chile. Quando chegou lá, conseguiu apoio para o IUBI também.

O negócio ganhou cara nova e mais funcionalidades. Em suma, ele funciona por meio de um robô com inteligência artificial que “conversa” com as crianças e transmite as informações para uma plataforma integrada com os médicos responsáveis pelo tratamento.

Na questão médica, Bruna conta com um corpo de especialistas ao seu lado, responsável por todo o desenvolvimento técnico da plataforma.

A empresa já prototipou a primeira versão do robô, que terá uma campanha de crowdfunding lançada mundialmente até o fim deste ano. A ideia é que pelo menos mil produtos sejam comercializados nessa primeira fase do negócio. O robô funcionará em inglês, português e espanhol. “Somos uma startup brasileira no Chile que quer impactar o mercado globalmente”, diz Bruna.

O objetivo é ajudar mães e crianças com a tecnologia. Para Bruna, isso é motivo de orgulho. “Estamos lançando algo que não existe no mundo e é uma mulher à frente da tecnologia. Temos nos orgulhar disso.”

FONTE: PEGN