Eirene avança no mercado com soluções de pulverização inteligente

SaveFarm detecta plantas e pulveriza sem desperdício
/EIRENE/DIVULGAÇÃO/JC

Pulverização localizada que gera economia de custos com uso de defensivos agrícolas, mais produtividade e redução do impacto no ambiente. É com esses atributos que o SaveFarm, desenvolvido pela Eirene Solutions, começa a ganhar mercado.
A empresa, especializada no desenvolvimento de tecnologias sustentáveis e inovadoras para o agronegócio, está preparando a entrega da solução para cinco clientes. São três fazendas de soja, entre mil e 1,5 mil hectares, uma de citrus e uma de arroz. “Limitamos a entrega porque queremos fazer o acompanhamento full time da implementação. Ao mesmo tempo, já estamos trabalhando em novas features para o produto, como de Inteligência Artificial para gerar predição e relatórios”, conta o fundador e CEO da startup, Eduardo Marckmann.
O SaveFarm é um sistema que vai acoplado ao bico de pulverização. O dispositivo utiliza visão computacional e algoritmos para detectar e classificar plantas, realizando a pulverização somente onde é necessário e evitando, assim, o desperdício de agroquímicos. As análises são feitas em tempo real. “No caso de quem já possui um sistema de pulverização, basta substituir o bico atual pelo inteligente. Não é preciso jogar fora o equipamento”, explica o gestor.
A solução da Eirene também consegue diferenciar, por exemplo, a cultura de soja e de uma erva daninha. Isso é possível por meio do Blue Eyes, sistema patenteado pela startup de emissão de luz azul e infravermelho com câmera de alta resolução que identifica e classifica a vegetação. Outra aposta é o Eirobot, um robô para automatizar o processo de pulverização da plantação. O veículo autônomo proporciona maior precisão e segurança na aplicação de insumos. A expectativa é começar os testes com o produto em 2020. “Queremos lançar logo o projeto-piloto nos primeiros clientes, fazer os testes necessários e evoluir com essa solução”, conta o gestor.
A Eirene iniciou a sua trajetória em 2010, com foco em serviços em consultoria empresarial para gestão de negócios e engenharia ambiental. A ideia do negócio surgiu da paixão de Marckmann pela temática do agronegócio e sustentabilidade. Em 2014, eles reformularam o quadro societário e funcional, com o objetivo de captar profissionais com experiência no segmento agrícola e de novas tecnologias. Com isso, o foco passou a ser o desenvolvimento de produtos inovadores voltados à agricultura. “Há um aumento da população mundial e da necessidade por alimentos no mundo. Agronegócios é uma mega tendência do futuro e será imprescindível adicionar tecnologia aos processos para o Brasil se tornar mais produtivo”, avalia Marckmann.
Ao seu lado estão mais quatro sócios. A startup deve faturar de R$ 1 milhão neste ano, e a expectativa é chegar a R$ 30 milhões nos próximos cinco anos. Recentemente, a empresa aderiu à plataforma CapTable, que permite que investidores comuns tenham a oportunidade de aportar recursos em startups que podem ter ganhos exponenciais no futuro. A meta de conseguir financiamento de R$ 750 mil já está quase finalizada. “Queremos aumentar a nossa presença no Brasil”, conta o empreendedor, dando pista de como esses recursos captados deverão ser usados.
A Eirene, que, até pouco tempo, estava incubada na área de startups do Tecnopuc, finalizou essa etapa neste ano e permanece instalada no parque, agora na área das graduadas. Além da Pucrs, mantém parceria com a Ufrgs.
FONTE: JORNAL DO COMÉRCIO