Edge computing: a evolução da cloud?

Até 2020, 43% dos dados gerados por IoT serão processados pela tecnologia; descentralização do armazenamento e processamento mais rápido de informações são alguns dos benefícios

Em um mundo cada vez mais conectado, com o uso de tecnologias como Internet das Coisas e Inteligência Artificial, as empresas passaram a produzir muitos dados e a buscar maneiras mais ágeis de coletá-los e analisá-los. Nesse cenário, começa a ganhar força a edge computing (computação de borda, em tradução livre). Segundo projeções da IDC, os investimentos em IoT irão alcançar US$ 1,3 trilhões até 2020 e o processamento de 43% dos dados gerados serão realizados pela ferramenta.

De maneira simples, trata-se da descentralização do armazenamento e processamento de dados, permitindo que ele aconteça mais perto de onde as informações são geradas ou utilizadas. Na prática, os dispositivos da rede recolhem as informações ‒ às vezes quantidades massivas ‒ e enviam para um centro de dados ou cloud para processamento. A edge computing faz a triagem localmente, reduzindo o tráfego e evitando que as informações precisem se deslocar para o data center de uma nuvem centralizada.

Por exemplo: em uma empresa varejista que monitora suas lojas para entender o comportamento dos consumidores – onde circulam mais, que produtos buscam, quanto tempo permanecem na loja, entre outros pontos – a edge computing auxilia no controle e análise dessas informações – seja em smartphone, tablet ou em qualquer outro objeto conectado, tornando tudo mais ágil.

De acordo com  Leonardo Menezes, gerente de produtos e ofertas TI corporativo da Oi, muito tem se falado da tecnologia como o futuro da cloud, mas ele acredita em uma adaptação.  “As soluções de TI, cada vez mais, acompanham as necessidades do negócio. Você não pode ficar preso a uma arquitetura e se virar para ‘encaixar’ suas aplicações”, ressalta.  Com o aumento do volume de dados e da necessidade de gerar algoritmos, insights e relatórios, explica o executivo, a edge computing veio para complementar o modelo de cloud e trazer ainda mais eficiência. “Se a cloud viabilizou diversas aplicações, a edge veio para viabilizar diversas informações”, conclui Menezes.

FONTE: IT FORUM 360