A novidade foi anunciada pela startup norte-americana Form Energy, que afirma ter conseguido desenvolver uma bateria que, além de barata, poderá funcionar por dias. Para cumprir com a promessa, a bateria dispensa o lítio para usar o ferro, um dos elementos mais comuns encontrados no nosso planeta.
Se bem-sucedida, a nova tecnologia resolverá outra questão sobre fontes atuais de energia renovável: conseguir armazenar eletricidade mesmo em dias nublados, ou quando o vento não estiver soprando, – uma limitação que atinge, respectivamente, as energias solar e eólica.
A lista de patrocinadores que já apoiam o projeto inclui um fundo de investimento climático cujos principais investidores são ninguém menos que Bill Gates, cofundador da Microsoft, e Jeff Bezos, fundador da Amazon.
O CEO da Form Energy é Mateo Jaramillo, que também ajudou a desenvolver a plataforma de baterias Powerwall da Tesla. Jaramillo declarou que sua empresa se prepara para iniciar a produção da bateria que pode “aposentar totalmente o carvão e o gás natural” usados em usinas.
Usando o ferro, a Form acredita que gastará apenas US$ 6 ou menos por quilowatt-hora em armazenamento de energia. Em comparação, uma célula de bateria de íon-lítio usada, por exemplo, em veículos elétricos e composta por níquel, cobalto, lítio e manganês, custa atualmente até US$ 80 por quilowatt-hora.
As empresas de energia também podem se beneficiar da ideia, já que estão sob pressão para conseguir fornecer eletricidade acessível e livre de carbono à medida que países procuram reduzir suas emissões de gases associados às mudanças climáticas.
Vale destacar que a novidade certamente irá competir com estudos de outras startups que também correm para desenvolver novas técnicas de armazenamento de energia mais avançadas e econômicas. A União Europeia (UE), por exemplo, está promovendo o uso de hidrogênio para armazenar e gerar energia limpa.
Em 2020, a Form construiu seu primeiro protótipo da bateria de ferro com um metro de altura chamado ‘Slim Jim’. No início deste ano, ela apresentou o ‘Big Jim’, uma célula de bateria de um metro por um em escala real.
Se tudo funcionar como esperado, o objetivo é que milhares dessas baterias sejam “amarradas” umas às outras, gerando uma grande quantidade de eletricidade.