Drones e geotecnologias deverão movimentar R$ 1,5 bilhão em 2019

Os serviços proporcionados por diversas plataformas de coleta se informações, incluindo os drones e pela geolocalização, devem movimentar R$ 1,5 bilhão no Brasil este ano e gerar 100 mil empregos, de acordo com dados da MundoGeo, que promove as duas maiores feiras do setor da América Latina: DroneShow e Mundo GEO Connect, de 25 a 27 de junho, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.

Dados da consultoria Frost & Sullivanmostram um crescimento anual mundial de 33% até 2020 – com destaque para a África e América Latina que devem apresentar um crescimento ainda maior. Segundo a consultoria PwC, o mercado global de drones pode chegar a US$ 127 bilhões, valor que representa os setores de infraestrutura (41%); agricultura (26%); logística (10%); segurança (8%); entretenimento (7%); seguros (5%) e mineração (3%).

No Brasil, a liderança é da agricultura. “O mercado de drones movimentará no país R$ 500 milhões, incluindo a receita gerada por toda a cadeia produtiva do setor, formada pela comercialização dos equipamentos, tecnologia embarcada e a prestação de serviços. Essa projeção de crescimento está baseada em pesquisas do mercado local cruzadas com dados globais e comparações com números da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que registrou em 2018 um crescimento de 100% na quantidade de solicitações de registros de drones para uso profissional. O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) também teve um aumento no número de solicitações de operações com drones, passando de 13 mil em 2017 para 80 mil em 2018”, disse Emerson Granemann, diretor geral da DroneShow.

Estudo global foi feito em 2013 pela consultoria Oxera encomendada pelo Google estimou um faturamento mundial do setor entre US$ 150 bilhões e U$ 270 bilhões no setor de geotecnologias, que envolve os sistemas de posicionamento por satélite como o GPS. Um recente levantamento realizado pela indiana Geospatial World estimou que o potencial econômico deste setor no mundo pode chegar a US$ 500 bilhões.

“A revolução industrial 4.0 está impactando muito estes setores, criando ciclos cada vez mais rápidos de inovação, o que dificulta fazer previsões em relação ao futuro. No processamento e análise das informações existem muitas soluções que incorporam conceitos de inteligência artificial, machine learning, BigData, mobilidade autônoma e podem ser visualizadas no formato 3D via realidade virtual, como em projetos de Smart Cities, monitoramento de barragens de mineração, infraestrutura e agricultura de precisão”, diz Granemann.

Estima-se ainda que mais de 100 mil pessoas atuem no setor de drones e geotecnologia de forma direta, em funções como captura das informações – que pode ser feita por drones, satélites, aviões, estações terrestres e móveis –, processamento, visualização e análise das informações. Nesta legião de envolvidos, destacam-se geógrafos, agrimensores, cartógrafos, e muitos outros profissionais que atuam diretamente na produção da tecnologia, na coleta, processamento e principalmente na análise das informações.

FONTE: AMAZONAS ATUAL