Doze países já se comprometeram a não destruir satélites em órbita

Holanda, Áustria e Itália se comprometeram a não realizar novos testes de destruição de satélites com mísseis, juntando-se a outros nove que tomaram a decisão.

Holanda, Áustria e Itália são os novos países que se comprometeram a não realizar testes de destruição de satélites (“ASAT”, na sigla em inglês), capazes de liberar inúmeros detritos perigosos no espaço. A decisão veio após a iniciativa dos Estados Unidos, que se comprometeram em 2022 a não realizar mais testes do tipo, e solicitaram que outros países fizessem o mesmo.

Os compromissos foram firmados por representantes dos países nas últimas semanas. O primeiro deles foi H.E. Wopke Hoekstra, primeiro ministro holandês, que afirmou em fevereiro, durante a Conferência de Desarmamento da Organização das Nações Unidas (ONU) que a Holanda se compromete a não realizar novos testes do tipo.

Já em 30 de março, foi a vez de Désirée Schweitzer, representante permanente da Áustria no Escritório da ONU em Genebra, na Suíça. Ela destacou os riscos e consequências dos testes, e afirmou que a Áustria se compromete a não realizar testes ASAT. Por fim, na quinta-feira (7), o primeiro-ministro da Itália Antonio Trajani afirmou que o país também não fará estes testes.

Estas nações se juntaram a um grupo formado pela Austrália, Canadá, França, Alemanha, Japão e outras, que seguiram os Estados Unidos no compromisso de não realizar novos testes. Com base no acordo assinado, estes países concordam em não lançar mísseis do solo, embarcações ou de aeronaves para destruir satélites.

Muito da preocupação com os testes ASAT está em suas consequências, já que a destruição dos satélites gera inúmeros fragmentos. Parte deles pode ser pequena demais para monitoramento e, para completar, eles permanecem em órbita por longos períodos, colocando veículos espaciais — tripulados ou não — em risco.

Foi o que aconteceu em 2021, ano em que a Rússia destruiu um antigo satélite soviético por meio de um teste ASAT. A nuvem de detritos gerada pelo procedimento exigiu que a Estação Espacial Internacional realizasse diferentes manobras de desvio, e rendeu ainda críticas da comunidade internacional.

FONTE:

https://www.terra.com.br/byte/ciencia/espaco/doze-paises-ja-se-comprometeram-a-nao-destruir-satelites-em-orbita,b96fbb805271c2e7bad3fbe3b8369587xhpt1btk.html