“Disrupção digital é sobre modelos de negócios”, defende sócio da Global

Daniel Skowronsky inaugurou o palco do ARP Meeting, primeiro evento na programação da Semana ARP da Comunicação 2017

Daniel Skowronsky abriu o ARP Meeting | Coletiva.net

A disrupção digital e seu impacto nas marcas estiveram no centro do painel ministrado pelo sócio-diretor da Global, Daniel Skowronsky, no ARP Meeting, evento que inaugura a Semana ARP da Comunicação 2017. Com o tema ‘Qual é a sua estratégia de transformação digital?’, o publicitário ocupou o palco do Centro de Eventos do BarraShoppingSul para compartilhar experiências de 20 anos de mercado e aprendizados obtidos em institutos como o suíço IMD Business School. Com o auxílio de dados e vídeos, o palestrante se disse impressionado com a capacidade das montadoras se reinventarem e inovar em suas narrativas. “Disrupção digital é falar de modelo de negócios, não só de tecnologias”, frisou.

Daniel falou sobre a importância do digital no negócio, o que definiu como um processo de “conexão de aparelhos, que podem ser os mais variados possíveis”. Ao analisar o cenário, chamou a atenção para a inversão na valorização das empresas, que fez com que companhias como a Apple crescessem em relação às empresas ditas tradicionais. Estas, por sua vez, obrigaram-se a buscar pela renovação, como ocorre com a GE (General Electric).

Um dos principais pontos de dificuldade para a transformação digital dentro de uma organização, segundo Daniel, é a mudança cultural. “Às vezes, a equipe não se sente parte e acaba barrando a incorporação de um projeto”, alertou, ao citar, ainda, que não se pode confundir iniciativa digital (ação) com transformação digital. Em seguida, apresentou três formas de ganhar valor: criação de valor por custo (reduzir o custo para o consumidor final); criação de valor da experiência (promover experiência superior à marca que opera no mercado); e criação de valor de plataforma (a partir de network, em que, quanto mais pessoas usando a plataforma, maiores serão os benefícios).

Os tipos de movimento disruptivos também foram abordados pelo sócio-diretor da Global. São eles: movimento de vampiro (quando a empresa entra no mercado para “sugar” a receita de outras); de vacância (quando a transformação acontece sobre seu próprio mercado); e movimento de ocupação (quando identifica uma oportunidade e cria novo valor).

Para ele, a transformação digital resulta da soma do desejo claro de mudança, de estratégia e processo para implementá-la dentro da empresa. “Por muito tempo, fizemos a pergunta errada e isso nos leva a uma resposta também errada. Nos perguntávamos: Como a gente pode se tornar mais digital? A pergunta que a gente faz agora é: Como a gente pode usar o digital para melhorar a nossa performance?”, provocou.

Ao longo da carreira, Daniel atendeu a marcas como Chevrolet, Converse, Iguatemi, JBL, Lojas Pompéia, Nestlé, Maiojama, Banco Agiplan, Casa Valduga e Sebrae. Foi presidente da Associação Riograndense de Propaganda (ARP) e da Associação Brasileira das Agências de Propaganda no Rio Grande do Sul (Abap). Sua formação inclui passagens pela Miami Ad School, London Business School, Insead, IMD e MBA Executivo na Berlin School of Creative Leadership.

FONTE: COLETIVA.NET