Dez startups brasileiras que podem se tornar unicórnios

Investimentos em startups caíram pela metade no ano passado, mas levantamento do Distrito mostra as empresas que podem se destacar.

O volume de investimentos em startups que aspiram se tornar unicórnios – com valor de mercado superior a US$ 1 bilhão antes da abertura de capital – diminuiu em mais de 50% no ano passado. De US$ 9,8 bilhões aportados nessas empresas em 2021, o valor caiu para cerca de US$ 5 bilhões em 2022, segundo o levantamento da Distrito para o relatório “Corrida de Unicórnios”.

Com menos capital disponível nas rodadas de investimentos, o número de startups brasileiras que conseguiram conquistar a posição de unicórnio no ano passado caiu drasticamente: de dez em 2021 para apenas duas em 2022 – as fintehs Dock e Neon.

Ambas atingiram um valor de mercado bilionário após rodadas de captação que foram de, respectivamente, US$ 300 milhões (R$ 1,56 bilhão) e US$ 110 milhões (R$ 570 milhões). Segundo Gustavo Gierun, CEO e cofundador do Distrito, além da restrição de capital, 2022 também foi marcado por uma seletividade muito maior por parte dos investidores.

Neste ano, o CEO acredita que as dificuldades devem continuar, “entretanto, um maior rigor dos investidores com as empresas de tecnologia não significa que novas startups não poderão atingir o status de unicórnios”, diz em relatório.

Atualmente, existem 23 unicórnios brasileiros. Juntos, eles somam US$ 13,5 bilhões (R$ 70,2 bilhões) em investimentos ao longo dos anos. Os principais são C6 Bank, Gympass, iFood, Nubank e QuintoAndar.

Segundo o relatório da Distrito, as dez startups brasileiras com maior potencial de se tornarem unicórnios nos próximos anos somaram US$ 1,4 bilhão (R$ 7,3 bilhões) em investimentos ao longo de 38 rodadas no ano passado.

Veja as startups que podem se tornar unicórnios:
(em ordem de fundação)

Petlove
Fundação: 1999
Setor: Mercado Pet
Última captação: US$ 145,9 milhões
Principais investidores: Monashees, L Catterton e Kaszekt

Origo Energia
Fundação: 2010
Setor: Energia
Última captação: US$ 145 milhões
Principais investidores: Mitsui, TPG Art, BLAO, MOV e Augment Infrastructure

Alura
Fundação: 2013
Setor: Educação
Última captação: não informado
Principais investidores: Seek e Crescera

Evino
Fundação: 2013
Setor: Alimentação e Bebidas
Última captação: US$ 127,2 milhões
Principais investidores: Vinci Partners, XP Investimentos e JCR Group

Omie
Fundação: 2013
Setor: Finanças
Última captação: US$ 110 milhões
Principais investidores: Astella, SoftBank e Riverwood

Cerc
Fundação: 2015
Setor: Finanças
Última captação: US$ 100 milhões
Principais investidores: Parallax Ventures e Valor Capital Group

Pismo
Fundação: 2016
Setor: Finanças
Última captação: US$ 108 milhões
Principais investidores: Softbank, Accel e Amazon

Solfácil
Fundação: 2018
Setor: Energia
Última captação: US$ 130 milhões
Principais investidores: Valor Capital, QED Investors e Softbank

Cora
Fundação: 2019
Setor: Finanças
Última captação: US$ 116 milhões
Principais investidores: Ribbit Capital, Kaszek e Greenoaks

Flash
Fundação: 2019
Setor: Fintech
Última captação: US$ 100 milhões
Principais investidores: Tiger Global Management, Monashees, Global Founders e Citius

FONTE: https://forbes.com.br/forbes-money/2023/03/dez-startups-brasileiras-que-podem-se-tornar-unicornios/