DESIGNER BRASILEIRO CRIA MÁQUINA QUE SERVE MEDICAMENTOS NA HORA MARCADA

Desenvolvido para ajudar idosos, invento tem alertas com luz e som; projeto é do microempreendedor individual e pesquisador Rafael Eduardo Torres

Rafael Eduardo Torres , da Linds, mostra seu invento (Foto: divulgação)

A Latin Industrial Design Studio, ou simplesmente Linds, é um projeto exemplar para quem deseja entender como o empreendedorismo transforma vidas e ideias. Fundada por Rafael Eduardo Torres em 2016 na modalidade MEI (Microempreendedor Individual), o negócio criou um dispensador eletrônico de remédios sólidos. Em outras palavras, uma pequena máquina para servir doses programadas de comprimidos, substituindo as caixinhas de remédios que organizam as porções em dias da semana e turnos de ingestão de medicamentos.

“O dispensador eletrônico serve os comprimidos conforme programação, avisa o paciente com luz ou som, e controla com precisão o pequeno estoque que deve ser inserido nos compartimentos para comprimidos”, explica Torres. Chamado de DORA, o dispensador de remédios foi estudado e planejado para facilitar a tarefa diária, principalmente, de idosos, evitar desperdícios ou repetição de ingestão. “Ocorre que pessoas mais velhas vivenciam situações de estresse e perigo para a saúde em caso de esquecimento de medicações. O protótipo já construído demonstra bem a funcionalidade e suas potencialidades econômicas”, afirma o empreendedor.

O objetivo é ajudar as pessoas

Tudo começou pelo interesse pessoal dele em projetar algo que ajudasse as pessoas. Ainda estudante de graduação em Design Industrial pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Torres desenhou e aprofundou estudo de como deveria funcionar “a máquina que serve remédios”. Hoje, com a parceria das empresas Victum Eletroeletrônica e Toth Tecnologia, ambas de Porto Alegre, a intenção é concluir a fabricação de 10 unidades para apresentar a investidores interessados no negócio.

Máquina emite sons e luzes para alertar idoso (Foto: Divulgação )

Torres afirma, ainda, que o dispensador de remédios poderá ter um modelo de gestão diferenciado, podendo ser um equipamento para aluguel em vez de venda no mercado. “Não existe no Brasil algo parecido que não seja importado. O valor é alto para a média da população, portanto, a ideia de locação pode ser uma forma de viabilizar o acesso para mais pessoas”, reflete o designer. De acordo com ele, que atualmente encara o mestrado em sua área, produtos industrializados nacionais têm potencial para atingir grau de qualidade igual aos importados.

A Linds Design está localizada em Canoas e participa com outras 20 empresas do projeto Conexão Saúde, que tem como objetivo desenvolver as pequenas indústrias da cadeia de valor da saúde, promovendo a aproximação comercial e a geração de negócios junto ao seu mercado-alvo. Esse projeto terá duração até o final de 2019.

FONTE: PEGN