De Startup a Unicórnio

O primeiro unicórnio brasileiro foi a 99, que mudou o conceito de mobilidade.

O Brasil é o décimo país com o maior número de startups avaliadas acima de US$ 1 bilhão – os “unicórnios” –, de acordo com dados da consultoria CB Insights. Segundo a consultoria CB Insights, em maio de 2022 o mundo tinha superado a marca de 1.000 unicórnios, com 1.104 no total. Juntos, eles valem US$ 3,677 trilhões. O primeiro unicórnio brasileiro foi a 99, que mudou o conceito de mobilidade. Hoje são mais de 22 empresas brasileiras na lista dos unicórnios que, são estimadas em mais de US$ 40 bilhões.

Ano passado foi um recorde para quem mudou de patamar (de startup a unicórnio). Só em 2021, seis nomes entraram na lista, entre eles MadeiraMadeira, Unico, Nuvemshop, CloudWalk, CargoX e Olist. Em 2022, já tem mais duas empresas que ingressaram aos unicórnios – Dock e Neon.

O aporte ano passado também foi recorde – cerca de US$ 9,4 bilhões em investimentos (dados da plataforma Distrito). Esse valor é mais de duas vezes maior do que o ano anterior, e um recorde para o setor.

Ao mesmo tempo, alguns números importantes foram divulgados pela 100 Open Startups. O Brasil está no topo do modelo de Open Innovation – ou seja, inovação aberta. Entre julho de 2021 e junho de 2022, o número de empresas que contrataram Startups cresceu 30%. Os negócios somaram 2 bilhões e 700 milhões.

A Ambev está na liderança desse investimento – detém hoje parceria com 340 startups, entre elas a Lemon Energia, uma Startup que ajuda bares e restaurantes a reduzir a conta de luz e a consumir energia renovável, e o Zé Delivery, um aplicativo tem quatro milhões de usuários ativos por mês, já chegou a 300 cidades e fez quase 100 milhões de entregas.

Já a Suzano, maior produtora de celulose do mundo, tem parcerias com 275 Startups em muitos projetos em andamento. A empresa diz que sempre faz uma pergunta: “Temos uma solução para esse problema dentro de casa? Se a resposta é não, vamos procurar fora”.

É o caso de processos manuais substituídos por sensores que melhoram a qualidade da informação e dá mais segurança na operação. Afinal, o tempo e o dinheiro gastos dentro dos centros de pesquisa das empresas são maiores quando comparados à associação do ecossistema de startups.

Eu reforço aqui minha visão investidora. Sempre analisamos as possibilidades do negócio que tenham inovação, tecnologia e escalabilidade.

Não existe receita de sucesso que não passe por inovação, disciplina e muito trabalho. Empreender liberta!

FONTE: https://exame.com/colunistas/empreender-liberta/de-startup-a-unicornio/