Changpeng Zhao, fundador e ex-CEO da Binance, lidera a lista com um patrimônio de US$ 33 bilhões.
A valorização do bitcoin nos últimos 12 meses – alcançando a máxima histórica de US$ 73 mil em março – e um aumento geral nos preços das criptomoedas movimentou o setor de criptoativos e criou uma “nova leva” de bilionários cujos negócios principais estão apoiados nessa indústria.
Segundo a lista de bilionários da Forbes, divulgada nesta terça-feira (2), Changpeng Zhao, fundador e ex-CEO da exchange de criptomoedas Binance, é a pessoa mais rica do setor pelo terceiro ano consecutivo, com uma fortuna de US$ 33 bilhões (R$ 166 bilhões, aproximadamente).
1. Changpeng Zhao
- Patrimônio líquido: US$ 33 bilhões (R$ 166,5 bilhões)
- Fonte de riqueza: Binance
Fundador e ex-CEO da Binance, Changpeng Zhao fez fortuna com a exchange de criptomoedas, a maior do mundo em volume de negociação – a Forbes estima que a empresa gerou uma receita de US$ 9 bilhões (R$ 45 bilhões) no ano passado.
Em 2023, Zao concordou em pagar, do próprio bolso, US$ 200 milhões (R$ 1 bilhão, aproximadamente) em multas para resolver acusações federais de lavagem de dinheiro apresentadas pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos e pela Commodity Futures Trading Commission. A Binance concordou em pagar US$ 4,5 bilhões (R$ 22 bilhões) adicionais.
O executivo também concordou em deixar o cargo de CEO e está impedido de se envolver com a Binance por três anos como parte de sua confissão de culpa. A audiência de Zhao está marcada para 30 de abril.
2. Brian Armstrong
- Patrimônio líquido: US$ 11,2 bilhões (R$ 56,5 bilhões)
- Fonte de riqueza: Coinbase
Brian Armstrong fundou a Coinbase em 2013 com Fred Ehrsam, e atualmente é o maior acionista individual da empresa, com uma participação de 18%. As ações da bolsa de criptomoedas aumentaram 50% no acumulado do ano e mais de três vezes desde o ano passado, dando-lhe uma capitalização de mercado de quase US$ 60 bilhões, segundo análise da Forbes. Desde novembro passado, Armstrong vendeu mais de US$ 170 milhões em ações da Coinbase.
3. Giancarlo Devasini
- Patrimônio líquido: US$ 9,2 bilhões (R$ 46 bilhões)
- Fonte de riqueza: Tether
Devasini é o CFO da Tether, plataforma de blockchain lançada em 2014 cuja stablecoin homônima, Tether, é uma das mais adotadas no mundo – mais de 100 bilhões de tokens Tether foram cunhados, segundo análise da Forbes. A publicação também estima que Devasini é o maior acionista individual da empresa, com uma participação de 47%.
4. Michael Saylor
- Patrimônio líquido: US$ 4,4 bilhões (R$ 22 bilhões)
- Fonte de riqueza: MicroStrategy, Bitcoin
As ações da MicroStrategy, empresa de software fundada por Saylor na década de 1990 e transformada em um veículo de investimento em bitcoin nos últimos anos, subiram quase 500% em relação ao ano passado. A empresa possui agora cerca de 193 mil bitcoins, tornando-a a maior detentora corporativa do criptoativo no mundo. Michael Saylor também possui um estoque pessoal de bitcoin – segundo o próprio executivo, ele detém 17.732 bitcoins que comprou a um preço médio de US$ 9.882 por moeda.
5. Paolo Ardoino
- Patrimônio líquido: US$ 3,9 bilhões (R$ 19 bilhões)
- Fonte de riqueza: Tether
Ardoino atua como CEO da Tether e possui cerca de 20% da empresa. Ele ingressou na empresa irmã da Tether, Bitfinex, como desenvolvedor sênior de software em 2014. Anteriormente, trabalhou em startups como programador.
6. Jean-Louis van der Velde
- Patrimônio líquido: US$ 3,9 bilhões (R$ 19 bilhões)
- Fonte de riqueza: Tether
Ex-CEO da Tether, van der Velde atua como uma figura responsável por manter as relações estratégicas da empresa com bancos e reguladores, e possui cerca de 20% da companhia. Ele deixou a Holanda em 1985 para frequentar a universidade em Taiwan e, posteriormente, foi cofundador de startups de TI e tecnologia na Ásia antes de ingressar na Tether. Atualmente ele mora em Hong Kong.
7. Chris Larsen
- Patrimônio líquido: US$ 3,2 bilhões (R$ 16,1 bilhões)
- Fonte de riqueza: Ripple, XRP
Larsen foi cofundador da Ripple em 2012, empresa cujo principal serviço é facilitar pagamentos internacionais usando a criptomoeda XRP. Ele deixou o cargo de CEO no final de 2016, mas permanece como charmain, segundo a Forbes. O executivo detém uma participação de 18% na Ripple, que os investidores avaliam em US$ 3,8 bilhões. Ele também tem um estoque considerável de XRP – mais de 2,8 bilhões de tokens – e quase US$ 1 bilhão em dinheiro e investimentos.
8. Fred Ehrsam
- Patrimônio líquido: US$ 3,2 bilhões (R$ 16,1 bilhões)
- Fonte de riqueza: Coinbase, Paradigm
Ehrsam fundou a bolsa de criptomoedas Coinbase em 2012 com Brian Armstrong. Ele deixou a empresa em 2017, mas permanece no conselho e ainda possui cerca de 5% de suas ações. Em 2018, ele foi cofundador da Paradigm, uma empresa de investimento em criptomoedas, que agora tem mais de US$ 8 bilhões em ativos sob gestão.
9. Matthew Roszak
- Patrimônio líquido: US$ 3,1 bilhões (R$ 15,6 bilhões)
- Fonte de riqueza: Bitcoin, Ethereum
Um dos primeiros investidores em bitcoin, Roszak fez suas primeiras compras em 2010. A maior parte de sua riqueza vem de apostas iniciais em criptomoedas, incluindo Ethereum e BNB, o token nativo da Binance. Roszak também dirige a Bloq, startup de blockchain que investe em empreendimentos criptográficos e presta consultoria.
10. Jed McCaleb
- Patrimônio líquido: US$ 2,9 bilhões (R$ 14,6 bilhões)
- Fonte de riqueza: vendas de XRP
Outro pioneiro da criptografia, McCaleb criou a Mt. Gox, a primeira grande bolsa de bitcoin, em 2010. Ele a vendeu um ano depois, antes de ser hackeada. Em seguida, McCaleb foi cofundador da Ripple em 2012, mas logo deixou a empresa por divergências com outros fundadores. A maior parte de sua riqueza vem da venda de grande parte dos 9 bilhões de XRP originais que ele embolsou como cofundador da Ripple, segundo a Forbes.
FONTE: https://epocanegocios.globo.com/futuro-do-dinheiro/noticia/2024/04/criptobilionarios-quem-sao-os-10-homens-mais-ricos-do-setor-de-criptomoedas.ghtml