A Creditas não quer roubar a pizza de ninguém em 2019

A Creditas tem uma crença: o cenário será positivo para todos os negócios ligados às fintechs em 2019

O vice-presidente de Novos Negócios da Creditas, Fabio Zveilbil, acredita que, em 2019, o cenário será positivo para todos os negócios ligados às fintechs, e não apenas para a startup que faz empréstimos com garantia e cuja receita cresceu sete vezes mais neste ano.

“Há muito espaço para não roubar o pedaço da pizza, mas para crescer a pizza, principalmente quando falamos de alternativas de crédito mais barato”, comentou.

Queremos chegar a mais ou menos 1 bilhão de reais de carteira de crédito. Hoje, temos uma carteira de 350 milhões de reais, que operamos desde o começo da empresa”, falou Zveilbil. A startup foi criada foi em 2012, com o nome de BankFácil, e mudou o nome para “Creditas” posteriormente.

Algo que também favoreceu o boost de crescimento foram os grandes investimentos recebidos (225 milhões de reais) pela empresa em 2017 . Já o crescimento do ano que vem deve ser impulsionado pela rodada série C de 55 milhões de dólares, arrecadados neste ano.

A startup chegou a esses números investindo em pessoas, marketing e tecnologia. “Contratamos mais de 300 pessoas neste ano. É um processo de aceleração do crescimento que você faz tudo ao mesmo tempo, coloca gente, tecnologia e consegue captar mais”, esclareceu.

Uma iniciativa que foi destaque e facilitou a contratação de centenas de pessoas foi a Creditas Academy. Ela permitiu que os novos (e antigos) funcionários fossem treinados de maneira mais efetiva, a partir de um plano desenvolvido de acordo com as necessidades.

Instituição financeira

Uma das iniciativas realizadas pela fintech neste ano foi o pedido para se tornar instituição financeira ao Banco Central (BC). Esse movimento deve guiar todos os seus passos futuros, pois a aprovação do órgão regulador brasileiro permite que a fintech tenha mais liberdade ao operar e desenvolver novos produtos.

A própria regulamentação do BC neste ano impactou a fintech. “Nós participamos ativamente desse processo. Não só a Creditas, mas as fintechs de crédito representadas pela Associação Brasileira de Crédito Digital têm um ótimo relacionamento para levar uma agenda melhor aos clientes, reduzir o spread bancário e democratizar o acesso”, comentou o vice-presidente de Novos Negócios da startup.

O pedido para se tornar instituição financeira é o mesmo para se tornar uma Sociedade de Crédito Direto (SCD), opção possível graças à recente regulamentação. “Isso irá abrir algumas avenidas para nós. Continuaremos trabalhando com parceiros, mas permitirá que andemos sozinhos, reduzindo custos e conseguindo repassá-los para os clientes”, disse Zveilbil.

FONTE: StartSe