Consultora IDC oferece análises de mercado às empresas da Startup Lisboa

Gabriel Coimbra, ‘country manager’ para Portugal, disse ao Jornal económico que as startups ali incubadas beneficiarão de “estudos e relatórios detalhados da IDC, cuja pesquisa e produção, normalmente, implicam um investimento de dezenas de milhares de euros”.

A International Data Corporation (IDC) e a Startup Lisboa estabeleceram este verão uma parceria que vai permitir às empresas incubadas neste espaço receber análises e relatórios de mercado. Ao Jornal Económico, o vice-presidente e country manager para Portugal disse que o acordo permitirá a estas startups portuguesas “acesso a conhecimento crítico”, enquanto a consultora ganha com o rejuvenescimento que as suas tecnologias poderão trazer à organização.

Tipicamente associadas a tecnologias da terceira plataforma, como a Internet das Coisas, a cloud, o Big Data, a Inteligência Artificial, a robótica, a realidade aumentada ou mesmo a blockchain, estes (ainda jovens) negócios ajudarão a IDC a abraçar a transformação digital de forma mais eficaz. A empresa compromete-se, assim, a disponibilizar a sua rede internacional de cerca 1.100 analistas e consultores e informação relevante de mercado. À consultora, a parceria vai possibilitar um contacto mais próximo com as inovações desenvolvidas pelas startups portuguesas. No entanto, neste momento, o objetivo não é ter participações nelas ou adquiri-las.

“As startups da Startup Lisboa passam a ter acesso especial e gratuito ao research global da IDC, para validar tendências e quantificar a dimensão e potencial de mercado. Apesar de, a nível global, a IDC contemplar na sua estratégia, a aquisição pontual de startups e/ou empresas, o foco desta parceria não visa o investimento”, explica Gabriel Coimbra ao semanário.

 As microempresas incubadas na Startup Lisboa terão, assim, acesso livre e gratuito ao research global da consultora e poderão “aceder aos estudos e relatórios detalhados da IDC, cuja pesquisa e sua produção, normalmente implicam um investimento de dezenas de milhares de euros às empresas”, na sua perspetiva. O porta-voz da empresa de market intelligence sublinha ainda, em declarações ao Jornal Económico, que as startups tecnológicas serão aquelas que terão maiores benefícios deste acordo.“Este protocolo celebrado permitirá sobretudo dinamizar o ecossistema de startups em Portugal e ao mesmo tempo acelerar e sensibilizar as empresas para o processo de transformação digital”, realçou o responsável pelo mercado português. Segundo o líder da multinacional norte-americana em Portugal, a cultura empreendedora europeia “é muito menos agressiva” do que nos Estados Unidos da América ou nos países asiáticos. Porém, Gabriel Coimbra acredita que os portugueses estão a contribuir cada vez mais para alterar este paradigma empresarial.

FONTE: JORNAL ECONÔMICO