Startup propõe um futuro automotivo baseado em colaboração e customização
O Olli 2.0 não produz um ronco maneiro, mal passa dos 40 km/h e, bem, olhe para ele – não é exatamente seu próximo carro-desejo. Mas o shuttle elétrico tem o potencial de ser um fascinante ponteiro para o futuro.
Além de elétrico, ele também é autônomo – se dirige sozinho. Por trás do veículo estão as inteligências artificiais Watson, da IBM, e o Lex, um chatbot movido por um sistema de aprendizado de máquina desenvolvido pela Amazon. Unidos a um conjunto de radares, os programas são capazes de conduzi-lo em nível 4 de automação – ou seja, o sistema descarta a necessidade de motoristas em certas condições.
Um Olli 2.0 é um projeto modular: o comprador pode decidir qual IA usar, optar por uma combinação de ambas, instalar aplicações de realidade aumentada ou artificial para funções diversas (como informações de bordo ou entretenimento) e telas holográficas. Um sistema de som pode, na ausência de barulho do motor, alertar pedestres próximos.
Por que você nunca ouviu falar dele, então, já que os Ollis estão há dois anos rodando nos EUA? Simples, eles não têm como objetivo colocar um shuttle desses para rodar pelas cidades ou estradas tão cedo – o Olli 1.0, por exemplo, opera apenas em campus de faculdade e bases militares em Vancouver e na Califórnia. Há um bom motivo para esperar: quando carros autônomos finalmente virarem a curva do conceito em direção ao produto final, é muito provável que eles ainda estejam dividindo a estrada com motoristas de carne e osso – o que, como muitos testes comprovam, costuma resultar em acidentes. Ambientes mais controlados, como os por onde o Olli trafega, podem ser ótimos espaços de experimento para o futuro da tecnologia. Estamos na fila para o embarque.
FONTE: GQ