Conheça escolas tecnológicas que oferecem um jeito novo de aprender para as crianças de BH

A criação de aplicativos, jogos e robôs, em uma metodologia diferente, conquistou os pequenos

Você já ouviu aquela expressão de que as crianças já nascem usando o celular? Pode parecer um exagero, mas, atualmente, os pequenos têm tirado de letra as novas tecnologias. E, justamente nesta onda do mundo digital, as escolas voltadas para o ensino tecnológico estão com tudo em BH. O que pode ser uma ótima opção para explorar esse lado apaixonado por novidades da criançada, além de proporcionar um jeito de aprender mais prático e pensado para o futuro dos jovens empreendedores.

Aliadas à educação tradicional, as escolas de programação podem expandir o aprendizado das crianças e se tornar um diferencial para o futuro. A CreateJoy é um exemplo. Idealizado pelos engenheiros Guilherme Wamucy e Gustavo Grossi há dois anos e meio, o instituto propõe um ensino divertido e mais participativo, tudo aliado com o mundo da programação e robótica.

“Entendemos que o mercado está caminhando para esse lado mais tecnológico. Então, decidimos investir nesse campo da educação. Assim como o inglês, entendemos que a programação, eletrônica e robótica também podem ser essenciais para os alunos”, afirma o diretor-geral da CreateJoy, Guilherme Wamucy.


Divulgação/CreateJoy

Aliando ensino com diversão

Com aulas diferentes do tradicional, as crianças podem aliar seus interesses com a aprendizagem. Segundo Guilherme, o ensino na CreateJoy é dividido por áreas. “Começamos com programação, que foca em informática, aplicativos, jogos e programas de computador. Temos a eletrônica, que é a montagem de projetos, a mecânica, que é a parte de design dos robôs. E, por fim, a robótica, que é a união desses conteúdos e proporciona a montagem dos projetos desenvolvidos pelos alunos”.

Além da robótica, as crianças também aprendem matemática financeira e empreendedorismo, mantendo o objetivo de uma escola formadora para o futuro do mercado de trabalho.

Seguindo um modelo parecido, a Ctrl + Play também busca essa utopia possível de um ensino divertido e prático para a criançada. Segundo o diretor da unidade do Cidade Nova, Marcelo Guimarães, o aprendizado voltado para a programação é um diferencial para o futuro dos jovens. “Desde cedo [as crianças] já estão por dentro do mundo tecnológico, mas o objetivo da escola é ensinar mais. Queremos passar o entendimento de que o computador pode ser diversão, mas também uma ferramenta capaz de ser utilizada para aprender uma habilidade importante para o futuro”, continua Guimarães.

Na escola, segundo Marcelo, são três pilares principais: divertir, ensinar e desenvolver. “A criança vem para a escola para isso, para aprender se divertindo. [Na Ctrl + Play] ensinamos a programar com o que eles gostam, como jogos, aplicativos e robôs. Dessa forma, eles aprendem como essas coisas que os interessam funcionam”, afirma o diretor.

Outro exemplo de escola especializada neste tipo de ensino é a Buddys, que conta com um programa voltado para o raciocínio lógico e a programação. Lá, as crianças também aprendem a desenvolver jogos e aplicativos, além de descobrirem um pouco mais sobre o empreendedorismo tecnológico.


Divulgação/CreateJoy

Um investimento para o futuro

O empresário Thiago Oliveira é pai do Pedro, um dos alunos da escola CreateJoy, e acredita que o mercado está em constante mudança, por isso mesmo as crianças precisam aprender desde cedo conteúdos relacionados à tecnologia e empreendedorismo. “Percebemos que as crianças de hoje vão pegar um mercado de trabalho muito diferente do que estamos vivendo agora e esse tipo de aprendizado é uma oportunidade para o futuro”, pontua o empresário.

Já para Arthur, filho de Cíntia Menezes, que é consultora de qualidade e segurança dos alimentos, a escola tecnológica é uma motivação a mais para os estudos. “Meu filho é muito inteligente e gosta muito de criar e desenvolver projetos. Mas ele é muito desmotivado e apático com a escola tradicional”, comenta. Para a bióloga, esse aprendizado extra foi o que o motivou a estudar mais e até mesmo melhorou o desempenho do pequeno na escola comum.

A robótica nos colégios

Não são só as escolas especializadas que estão preparando nossos jovens para o futuro. Colégios tradicionais da capital também aprimoraram o currículo e criaram projetos especialmente voltados para a área da tecnologia.

No Colégio Loyola existe um núcleo dedicado a este campo que promove a inovação e o pensamento empreendedor dos alunos, que ainda contam com lições híbridas que misturam ferramentas tecnológicas com a aprendizagem tradicional.

Já para os alunos da Fundação Torino, o mundo digital é introduzido em parceria com a Dhel Robótica. Começando no ensino fundamental, as crianças entendem um pouco mais sobre robótica e têm a chance de aplicar os conhecimentos na prática, com a criação de robôs funcionais e utilizando diversos conceitos como programação, gestão e design.

Além dos colégios, eventos também propõe a ideia de que o mundo da tecnologia pode ser uma forma de brincar aprendendo para os pequenos. Confira a programação para o dia das crianças de dois projetos em BH: o Makerspace e o Semente Maker.

FONTE: SOUBH