Conheça as mobilidades inteligentes para deficientes

Sistemas de inteligência artificial, assistentes virtuais e integração emocional da cabine com o condutor são destaques entre as fabricantes de automóveis na feira de tecnologia.

Evowalk, braçadeira que produz estímulos aos músculos — Foto: Reprodução

A maior feira de tecnologia do planeta entra para a efervescente discussão da mobilidade urbana, envolvendo não apenas o mundo automotivo, mas também abordando questões sociais.

Para este ano, a mostra tem como direcionamentos a introdução da inteligência artificial em carros e motos, além de soluções para a melhor locomoção de deficientes. O G1 listou os principais destaques.

Carro de quatro ‘patas’

Hyundai Elevate — Foto: Divulgação/Hyundai

Hyundai Elevate — Foto: Divulgação/Hyundai

Hyundai não quer saber de carros autônomos ou cheios de assistentes virtuais na CES. A coreana apresentou uma solução de veículo para trafegar em locais de difícil acesso – seu principal foco é o resgate de pessoas em desastres naturais.

O Elevate, feito sobre uma plataforma modular para carros elétricos, pode rodar como um automóvel comum em estradas ou andar como um mamífero (ou um réptil, como preferir), reproduzindo quatro pernas articuladas independentes.

Além do tráfego em terrenos altamente acidentados e escalada em paredes, ele pode ainda ajudar na mobilidade de deficientes, nivelando-se a alturas específicas para evitar escadas.

Hyundai Elevate — Foto: Divulgação/Hyundai

Hyundai Elevate — Foto: Divulgação/Hyundai

O capacete ‘mais inteligente do mundo’

CrossHelmet X-1 — Foto: Thiago Lavado/G1

CrossHelmet X-1 — Foto: Thiago Lavado/G1

A CrossHelmet apresentou o X-1. Dotado de câmeras e sensores, ele reproduz a realidade aumentada para mostrar ao piloto tudo o que acontece nas laterais da motocicleta, deixando a visão limitada do capacete convencional no passado. Com isso, acidentes são evitados pela exclusão dos pontos-cegos.

O equipamento, tido pela marca como o “capacete mais inteligente do mundo”, também tem conexão bluetooth para que o piloto possa ouvir os comandos do navegador GPS.

A era da direção ‘pós-autônoma’

Para a Kia, sistemas de direção autônoma já não são mais novidade. Agora a marca busca aperfeiçoar o ambiente da cabine para melhorar tornar prazeirosa a experiência de “guiar” um veículo autônomo.

O R.E.A.D. ficará responsável por monitorar o estado emocional do condutor (ou passageiro, como preferir) através de sensores que reconhecerão sinais vitais como frequência cardíaca e expressões faciais.

Sem carros, estande da Kia demonstra tecnologias em cabines — Foto: Divulgação/Kia

Sem carros, estande da Kia demonstra tecnologias em cabines — Foto: Divulgação/Kia

Com base nas informações obtidas, o interior do veículo se transformará para atingir todos os sentidos possíveis do usuário. Tudo é monitorado em tempo real, criando uma espécie de vínculo entre o humano e o carro sem que nenhuma palavra precise ser dita.

Outra funcionalidade ligada ao R.E.A.D. é a vibração dos bancos de acordo com a música tocada no momento.

Com base nas informações obtidas, o interior do veículo se transformará para atingir todos os sentidos possíveis do usuário. Tudo é monitorado em tempo real, criando uma espécie de vínculo entre o humano e o carro sem que nenhuma palavra precise ser dita.

Outra funcionalidade ligada ao R.E.A.D. é a vibração dos bancos de acordo com a música tocada no momento.

Soluções para pessoas com deficiência

Toyota escolheu a CES para apresentar os 5 finalistas do seu concurso de mobilidade promovido em 2017. A tarefa era criar dispositivos tecnológicos para auxiliar na mobilidade de pessoas com deficiência nos membros inferiores.

O primeiro, destinado a pessoas com grau leve de deficiência, é o Evowalk, uma espécie de braçadeira presa às pernas com sensores que rastreiam os movimentos da caminhada para enviarem estímulos aos músculos de acordo com a necessidade.

O Moby é dedicado aos cadeirantes. Projetada pela Italdesign, a cadeira movida a eletricidade é leve e promete conforto e facilidade para o tráfego em centros urbanos. A proposta é que ela seja compartilhada por operação em aplicativos, como já é feito com bicicletas e patinetes.

Também pensando nos cadeirantes, a Phoenix Ai é ultraleve, feita de fibra de carbono e se adapta de acordo com a atividade realizada pelo usuário, tendo seu centro de gravidade constantemente ajustado para otimizar os movimentos. Ela busca o auto-equilíbrido para evitar vibrações que possam causar dor.

O Qolo é uma estrutura viva que mantém o usuário em suas atividades sem a necessidade de alternar entre aparelhos. Com o corpo totalmente apoiado, o deficiente pode sentar-se e levantar-se livremente, com a estrutura atuando como um exoesqueleto.

 De formato parecido, o Quix sustenta a pessoa das pernas ao tronco, com motores nos quadris herdados de carros autônomos, também como um esqueleto externo.
FONTE: G1