Conheça as 7 startups selecionadas para o programa de incubação em biotecnologia do Albert Einstein

Entre as soluções criadas pelas empresas, há desde biofármacos para minimizar efeitos adversos no tratamento de leucemia até inovações em terapia celular, para criar curativos avançados.

Hospital Albert Einstein anunciou nesta quinta-feira (27/10) as sete startups selecionadas para compor o primeiro grupo de incubadas no Programa Einstein de Inovação em Biotecnologia. Foram escolhidas BioBreyerCellurisImunoTeraIn SituMirscience TherapeuticsRiogen Wecare Skin.

Agora as escolhidas passam a receber suporte da equipe da Eretz.bio para desenvolver seus produtos e chegar às fases de validação pré-clínica e clínica, podendo ou não receber aporte financeiro do Einstein ao fim do processo de incubação. No portfolio das selecionadas, há desde biofármacos para minimizar efeitos adversos no tratamento de leucemias até abordagens de terapia celular e cuidados com a pele para pacientes oncológicos (saiba mais sobre as empresas abaixo).

“As startups indicadas estão resolvendo problemas relevantes de saúde com tecnologia de ponta, compatível com o que startups de fora do país estão produzindo. Isso demonstra o potencial das biotechs nacionais para ganhar espaço não só no Brasil, mas em escala global”, diz Camila Hernandes, gerente de Inovação do Einstein.

O diretor executivo de Inovação do Einstein, Rodrigo Demarch, afirma que o programa tem o objetivo de ajudar a construir uma indústria de biotecnologia no Brasil, ainda pouco competitiva em relação a outros centros com foco nesse setor, a exemplo de Boston, nos Estados Unidos, e Cingapura.

“Acreditamos em um movimento semelhante ao que vimos acontecer com saúde digital há alguns anos, isto é, a criação de uma série de startups que, agora maduras, começam a causar impacto positivo no sistema de saúde”, diz Rodrigo Demarch, diretor executivo de Inovação do Einstein. “O Brasil tem condições de ter um ecossistema de biotecnologia muito mais maduro do que tem hoje, e chegar mais perto de hubs como os de Boston, nos Estados Unidos, e Cingapura.”

Os participantes do programa receberão mentorias tanto no desenvolvimento do produto quanto na gestão do negócio, com suporte em temas como fundraising, propriedade intelectual, assuntos regulatórios e validação pré-clínica e clínica. Também poderão usar os laboratórios do Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, com apoio de especialistas do hospital, incluindo médicos e executivos.

“O acesso a essas plataformas é essencial, garantindo que os produtos desenvolvidos em laboratório sejam seguros, puros e eficazes. Por meio do programa, criamos ainda conexões entre as startups e a indústria. Nossos esforços são para desenvolver soluções inovadoras capazes de moldar o futuro da saúde”, afirma Demarch.

As inscrições para o programa focado em biotecnologia continuarão abertas, porque o fluxo de incubação do Einstein é contínuo, reforça o executivo. “A gente entende que essa é a melhor forma de encontrar soluções que tem mais fit com nosso negócio”, completa.

Conheça as startups selecionadas

BioBreyer: focada no desenvolvimento de uma nova geração do biofármaco asparaginase, para tratamento de leucemia linfoide aguda, e na produção de ácido hialurônico de alta qualidade, vegano e cruelty free, a partir de leveduras, utilizando tecnologia de engenharia metabólica.

Celluris: atua em terapias avançadas de câncer, desenvolvendo um tratamento através de imunoterapia com células T de receptores de antígenos quiméricos (CAR-T). Essa técnica se baseia na modificação das próprias células do paciente para que reconheçam o tumor como alvo.

ImunoTera: busca criar uma plataforma biotecnológica capaz de restaurar e ativar funções do sistema imune. A solução é baseada no desenvolvimento de proteínas recombinantes projetadas com alta precisão terapêutica para combater diversos tipos de câncer. Seu primeiro produto, a proteína TERAH-7, tem como alvo as lesões pré-cancerígenas e os tipos de câncer relacionados ao vírus do papiloma humano, o HPV.

In Situ: atua na área de terapia celular, com foco no desenvolvimento de três produtos: biocurativo 3D, contendo células-tronco, para tratamento de feridas crônicas e queimaduras graves; pomada de nano-vesículas, para tratamento de feridas menos complexas e cicatrizes; e bioenxerto 3D, para tratamento de recessão gengival.

Mirscience Therapeutics: atua na área de medicina de precisão, desenvolvendo moléculas de MicroRNA com alvos terapêuticos específicos. Atualmente, está desenvolvendo moléculas que possuem efeito no aumento da massa e função do músculo esquelético, visando tratar doenças musculares como a sarcopenia (relacionada ao envelhecimento) e caquexia (associada ao câncer).

Riogen: está desenvolvendo um teste molecular, utilizando um painel de marcadores para detecção de câncer de próstata a partir de amostra de urina. Segundo a empresa, o exame poderá ser utilizado como triagem em casos suspeitos, para indicar se há ou não a necessidade da realização da biópsia convencional, considerada um procedimento invasivo, doloroso e de alto custo.​

Wecare Skin: desenvolve produtos para cuidados da pele e mucosa oral de pacientes oncológicos que apresentam ressecamentos, feridas e queimaduras provenientes de quimioterapia e radioterapia. Associam compostos naturais, com ação cicatrizante, anti-inflamatória e protetora, visando melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

FONTE: https://epocanegocios.globo.com/empresas/noticia/2022/10/conheca-as-7-startups-selecionadas-para-o-programa-de-incubacao-em-biotecnologia-do-albert-einstein.ghtml