Enquanto alguns mercados já contam com redes 5G, a verdade é que Portugal aguarda pacientemente pela chegada das redes de alta velocidades. As fabricantes de dispositivos de consumo, especialmente as fabricantes de smartphones, já preparam os seus telefones para as redes em questão, e provavelmente em 2021 a grande maioria dos novos smartphones já serão fabricados com suporte para as redes.
Desempenho da Rede 5G influenciada pelas condições climáticas
Entretanto, os primeiros testes realizados em todo o mundo mostram que o 5G tem algumas dificuldades em manter a sua capacidade total durante condições climáticas específicas. Assim, no caso de uma chuva torrencial, as taxas de fluxo disponibilizadas aos utilizadores podem ser reduzidas pela metade, e o seu alcance significativamente mais reduzido.
É a própria exploração de ondas milimétricas no coração da rede 5G que está na origem deste “problema”, se assim o podemos chamar, já que é mais um feitio do que um problema. Em torno dos 26GHz, as ondas têm um poder de penetração relativamente baixo e, portanto, são mais facilmente perturbadas por obstáculos, em particular pela chuva. As Gotas de água tendem a absorver boa parte do sinal.
Segundo algumas estimativas, é estabelecido que uma onda milimétrica que viaja 1 km num dia de chuva de intensidade de 10 mm/h, vê o seu fluxo cortado entre 25%, e 50%, na mesma distância com uma chuva de 20 mm/h. A única solução para os operadores será construir uma rede estreita de antenas de retransmissão ou amplificar a intensidade da onda. Também seria possível alternar de uma frequência para outra, dependendo da qualidade da rede.
Muito provavelmente, em Portugal, as primeiras bandas de frequência 5G a serem colocadas no mercado deverão estar localizadas entre os 3,4 e os 3,8 GHz, ou em frequências razoavelmente próximas de 4G, que lhes garante pouco risco de atenuação.