Como será o seu armazém em 2030?

A Suisslog lança o desafio aos profissionais da logística e sugere-lhes uma viagem ao passado e ao futuro. “Lembra-se de como era o seu armazém há 12 anos, quando o ecommerce ainda estava no seu início e a maioria de nós não estava familizarizada com o termo omnicanalidade?”.

“Não é fácil”, é esta a resposta para muitos de nós. “Com o fluxo constante de informações no mundo digital actual pode ser difícil lembrarmo-nos do que almoçámos ontem, quanto mais o que acontecia nos nossos armazéns há 12 anos”. Escusado será dizer que muita coisa mudou desde então. Agora, diz a Suisslog, “imagine tentar prever como será o seu armazém daqui a 12 anos, especialmente quando consideramos o ritmo acelerado de mudança”. O desafio será, seguramente, muito mais complexo.

No entanto, ter uma visão de como as coisas estão a acontecer pode ajudá-lo a tomar decisões no presente. Nos últimos três meses, a Suisslog e a Kuka analisaram tudo o que está a acontecer em termos sociais e tecnológicos e projectaram a sua influência no armazém em 2030.

A emprea concluiu que, globalmente, a população está a tornar-se mais urbana e os seus vencimentos estão a aumentar. Nos países desenvolvidos, a população está a envelhecer e a força de trabalho a diminuir, uma tendência contrária nos países em desenvolvimento, onde as taxas de natalidade são altas.

Há desenvolvimentos significativos a surgir hoje que, muito provavelmente, moldarão o stock do futuro. Esses incluem a análise preditiva e a aprendizagem das máquinas, veículos autónomos e drones, robótica e impressão 3D.

As mudanças no comportamento do consumidor que vemos hoje também podem ser extrapoladas para o futuro. Isso inclui o crescimetno do retalho omnicanal, no qual os consumidores se movimentam facilmente entre os canais e escolhem o que comprar  e onde. Os clientes continuarão a exigir maior personalização e terão menos tolerância para atrasos na entrega. Quando compram algo, independentemente do canal, esperam receber no próprio dia.

O armazém deve aproximar-se dos clientes que atende. Prevê-se um crescimento dos centros de distribuição urbanos que ofereçam produtos próximos dos clientes dentro das grandes cidades para possibilitar uma entrega rápida e uma experiência omnicanal mais perfeita. O desafio para este cenário será ao nível das limitações aos mercados urbanos. Esta realidade levará à constituição de armazéns compactos e eficientes com stocks limitados, optimizados com base na análise preditiva e complementados com impressão 3D.

As restrições de espaço, impostas pelos ambientes urbanos, provavelmente também irão impor um modelo de serviço compartilhado, no qual vários vendedores compartilham espaço na mesma instalação, com produtos desses vendedores consolidados para entrega, semelhante à forma como os expedidores de encomendas consolidam encomendas actualmente.

O armazém urbano deve estar equipado para produzir produtos, armazená-los e transportá-los. Com maior customização no horizonte e amadurecimento contínuo da tecnologia de impressão 3D, o centro de distribuição urbano estará bem posicionado para imprimir produtos de acordo com a procura, empacotá-los e entregá-los, tal como acontece com os produtos em stock.

O centro de distribuição urbano deve ser configurado para suportar a entrega no mesmo dia ou a recolha do cliente através de uma combinação de veículos autónomos, separação e carregamento robótico, drones e potnos de recolha móveis.

A tecnologia desempenhará um papel significativo no fornecimento da velocidade e eficiência necessárias e na automação da movimentação de produtos de grandes armazéns regionais para centros de distribuição urbanos, permitindo ao mesmo tempo a recolha, carregamento e entrega mais rápida, aponta a Suisslog.

FONTE: LOGÍSTICA MODERNA