COMO SE TORNAR UM PROFISSIONAL EM CONSTANTE APRENDIZAGEM

Conceito de educação continuada ganha maior relevância no pós-pandemia com o avanço da digitalização

Na era digital, em que o avanço tecnológico parece estar mais rápido que as habilidades humanas, ter diploma de uma universidade renomada não é mais garantia de uma boa colocação no mercado de trabalho nem de sucesso profissional. Hoje, para acompanhar o ritmo de surgimento de novas tecnologias, o profissional precisa estar antenado, ser curioso e disposto a aprender em todos os momentos de sua vida. Trata-se do conceito lifelong learning: educação ou formação continuada.

Ou seja, os cerca de 17 anos sentados em sala de aula não são mais suficientes para manter o profissional atualizado, competitivo e produtivo. O conceito é antigo – há quem diga que surgiu na década de 70 –, mas ganhou simpatia do mundo corporativo sobretudo após a pandemia do novo coronavírus, que tem acelerado o ritmo da transformação digital dentro das empresas brasileiras.

Nesse processo, várias funções vão desaparecer e outras novas vão surgir. O profissional, que antes passava a vida numa determinada área ou função, terá de experimentar novas atividades e ousar. A expectativa é de que, daqui para frente, os trabalhadores tenham de quatro a seis carreiras ao longo da vida, afirma o diretor-geral da Page Group, Ricardo Basaglia.

No passado, diz ele, o mundo evoluía mais devagar. “Fazia-se uma faculdade e uma pós-graduação e estava pronto. Era o suficiente para fazer um plano de carreira de dez anos.” Outro ponto relevante é o aumento da expectativa de vida. Se antes era 60, hoje pode chegar a 100 anos, completa o executivo, explicando a importância do aprendizado contínuo.

Para incorporar esse conceito no dia a dia, o profissional precisa ser o protagonista dessa transformação. O primeiro passo é aprender a aprender – tarefa que não foi ensinada pelo modelo tradicional de educação. “Os conteúdos e as matérias eram simplesmente colocados. Não aprendemos a ser curiosos”, afirma Mariana Achutti, presidente da escola corporativa Sputnik.

Nesse novo mundo, é preciso ser um pouco autodidata e entender qual o conhecimento necessário para melhorar o desempenho e as habilidades técnicas ou comportamentais. Segundo especialistas, o foco é primordial para aprender. É importante escolher temas que vão trazer benefícios e reduzir alguma deficiência na vida profissional, reduzindo, dessa forma, níveis de ansiedade com o excesso de informação.

“O primeiro passo é desenvolver uma mentalidade de crescimento. Isso ajuda a abraçar novos desafios e aceitar novas habilidades por meio de esforços”, afirma Débora Brewer, vice-presidente para a América Latina e Caribe da Degreed, uma plataforma de aprimoramento e requalificação. Entretanto, muitos não conseguem traçar esse caminho sozinho e precisam da curadoria de um especialista para apontar quais os principais gaps na vida do profissional.

 

Não fomos ensinados a aprender, diz MarianaDIVULGAÇÃO
É o que tem ocorrido com a gerente sênior de Recursos Humanos da Danone Águas, Karina Parro. Ela participa de um programa criado pela Sputnik, que neste momento está mapeando as necessidades dos profissionais e avaliando qual o melhor formato de aprendizagem de cada um. “Ao final desse processo, teremos um mapa que mostrará o caminho desta jornada”, afirma Karina, que já adota alguns meios para aquisição de conhecimento, como podcasts e leitura de artigos. “Num mundo tão rápido e com tantas mudanças, ser um lifelong learner é estar à frente dos assuntos, é não ser pego de surpresa, é ditar tendências.”

Atualmente há uma infinidade de ferramentas que ajudam a mostrar os problemas e fragilidade na carreira de um trabalhador, afirma Vera Moreira, da empresa Apecatus, que tem uma plataforma de treinamentos online. Sua sócia, Anette Schiemann Pegas, completa que, com essas informações em mãos, o profissional pode escolher de que forma quer aprender.

Segundo ela, se tornar um lifelong learner exige mais disposição do que dinheiro. Com a pandemia, a oferta de cursos online e gratuitos se alastrou pela internet. Hoje, se o profissional não exige um certificado, é possível fazer cursos em Harvard, Massachusetts Institute of Technology (MIT) e renomadas escolas brasileiras, como a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Nosso cérebro não evolui na mesma velocidade que a tecnologia. Então temos de trabalhar para reduzir esse gap”

Elcio Paulo Teixeira, presidente da Heach Recursos Humanos
Mas cursos e treinamentos não são a única forma de obter conhecimentos nessa era digital. “As pessoas podem aprender numa palestra, num programa ou num documentário. O importante é estar aberto e sempre verificar a credibilidade dos especialistas que dão as informações”, diz Elcio Paulo Teixeira, presidente da Heach Recursos Humanos. A essa lista acrescenta-se lives, podcasts, livros e vídeos. Tudo isso pode representar aquisição de conhecimento.

“Nosso cérebro não evolui na mesma velocidade que a tecnologia. Então temos de trabalhar para reduzir esse gap”, diz Teixeira. Por isso, argumentam especialistas, é tão importante se tornar um lifelong learner. Adotar esse conceito pode ajudar a desenvolver as habilidades técnicas e comportamentais, além de dar mais autonomia e independência ao profissional, que estará mais preparado para o futuro. “O profissional de 2019 não serve mais para 2020. O mundo está evoluindo e você precisa evoluir junto”, diz Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half.

Primeiros passos para se tornar um lifelong learner
Aprendendo a aprender

Oferecido pelas Universidades McMaster e da Califórnia, em San Diego, o curso gratuito ensina técnicas de aprendizagem para lidar com vários temas. Também aborda ilusões de aprendizagem, técnicas de memória, como lidar com a procrastinação e as melhores práticas demonstradas por pesquisas como sendo as mais eficazes para ajudar no dominar assuntos difíceis.

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Produtividade, gestão do tempo e propósito

Curso gratuito de quatro horas ministrado pelos professores Christian Barbosa e Carla Furtado, dos cursos de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) Online. Ensina técnicas para tornar o desempenho ainda mais inteligente e estratégico no trabalho. Também dá dicas de como otimizar cada minuto do dia.

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Lifelong learning – Mentalidade de desenvolvimento contínuo

Curso gratuito de quatro horas ministrado por Leandro Karnal e André Duhá. Ensina o que é a mentalidade do desenvolvimento contínuo e como transformar suas experiências em identidade profissional e pessoal. Além disso, dá dicas de como iniciar um projeto de lifelong learning.

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Cursos Senac

O Senac tem uma série de cursos e conteúdos online gratuitos para aprimorar o conhecimento no ritmo de cada um. Há vídeos específicos para áreas como saúde, comunicação, desenvolvimento social, gestão de pessoas e liderança, entre outros.

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Canal USP

Plataforma criada no Youtube onde profissionais criam conteúdos em vídeo, áudio, texto e imagens sobre os mais variados temas. Nesse ambiente, é possível assistir lives, ver palestras, ler livros e ouvir podcasts. Há tutoriais para ensinar a produzir várias coisas, como fazer um fogão solar.

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Relação entre coaching e mentoring

Curso gratuito, de cinco horas, mostra a relação entre coaching e mentoring. Apresenta os principais aspectos da sociedade contemporânea e do mundo do trabalho, de modo a contextualizar a importância dos processos de coaching e de mentoring. Aborda também o desenvolvimento de competências, a diferença entre os processos, os benefícios e os riscos a eles associados. Site da FGV traz uma série de outros cursos de acordo com a área de interesse.

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Leaders of Learning

Curso de dez semanas ajuda o aluno a identificar e desenvolver sua teoria pessoal de aprendizagem não apenas na escola, mas no mundo. Plataforma de Harvard oferece uma série de cursos gratuitos em várias áreas.

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Análise de cenários econômicos e aplicações estratégicas

O curso, com carga horária de 22 horas, apresenta cenários de ambientes econômicos competitivos e fornece ferramentas para simulação de estratégias que favoreçam os resultados de empresas que atuam nos mercados nacionais e internacionais.

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Aprenda novas habilidades

Curso online oferece conteúdos de aprendizagem gratuitos que ajudam o profissional a expandir os negócios ou alavancar a carreira. Aluno pode selecionar módulos individuais ou fazer o curso inteiro.

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Linkedin

Plataforma oferece uma série de conteúdos e cursos para profissionais estudarem em qualquer momento do dia e durante quanto tempo puder.

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Master of learning

Especialista em lifelong learning ensina como aprender a aprender; ter foco, persistir e encontrar tempo na rotina para aprender.

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Livro – Expertise Competitiva

 

● Autora: Kelly Palmer

Como as Empresas Mais Inteligentes Usam o Aprendizado Para Engajar, Competir e ter Sucessor.

 

Empresas precisam estimular profissionais na aprendizagem contínua

 

Embora a decisão de adotar o conceito de lifelong learning esteja nas mãos dos profissionais, as empresas têm um papel importante de incentivar seus colaboradores no caminho do conhecimento. Na avaliação de especialistas, as corporações têm quase um papel social com seus funcionários neste momento de avanço tecnológico acelerado.

“O desenvolvimento individual é responsabilidade do profissional, mas a empresa pode fornecer meios para empurrar os funcionários (nesse processo)”, diz a gerente sênior da Catho, Tábitha Laurino. Segundo ela, hoje as empresas buscam ter em suas equipes profissionais mais pacientes, tolerantes e que tenham maior respeito pelas diferenças. Por isso, muitas decidiram dar a seus colaboradores ferramentas que contribuam para essa evolução.

A coordenadora de treinamentos Ruany Estaguini participa e faz a gestão de um programa de lifelong learning na multinacional Corteva. A metodologia que a empresa tinha para capacitar os funcionários não estava acompanhando a digitalização, o que representava um atraso competitivo. “Começou a haver um descompasso entre o sistema produtivo, ultramodernos, e as formas arcaicas de aprendizado.” Desde o ano passado, a empresa decidiu adotar uma plataforma para auxiliar e acompanhar o aprendizado dos trabalhadores. Nesse ambiente, a empresa deixa disponível um catálogo com os cursos obrigatórios e sugeridos.

Para Mariana Achutti, presidente da Sputnik, nesse novo cenário mundial, é imprescindível que as empresas desenvolvam seus profissionais. E isso vale para qualquer cargo, não apenas na diretoria. O chão de fábrica, por exemplo, precisa estar sempre renovando os conhecimentos para garantir maior produtividade. Na era digital, não há espaço para trabalhadores que sabem apenas reproduzir tarefas. Hoje, em qualquer função, é preciso saber pensar, diz Anette Schiemann Pegas, da Apecatus.

“Vemos uma busca crescente do mercado corporativo por esse assunto. Embora o orçamento seja menor comparado ao exterior, as brasileiras não estão adormecidas para o tema”, completa Mariana.

“IDEIA DE QUE NINGUÉM ESTÁ PRONTO GANHOU FORÇA NA PANDEMIA”

Para o escritor e jornalista Alexandre Teixeira, a pandemia e a rápida evolução da digitalização dentro das empresas colocou em evidência a necessidade dos profissionais se prepararem para a nova realidade do mercado de trabalho. Autor do livro Aprendiz Ágil, em parceria com a especialista de estratégias de aprendizagem, inovação e curadoria de conteúdo Clara Cecchini, ele afirma que a ideia de que ninguém está pronto é uma das tendências que se materializaram durante a pandemia. A seguir, trechos da entrevista:

● A pandemia colocou em evidência o conceito de lifelong learning?

Tenho certeza que sim. A pandemia acelerou uma série de tendências que vinham evoluindo devagar e, de epente, se materializaram. Tem gente dizendo que processos que demorariam de cinco a dez anos para se materializar viraram realidade em três semanas, que foi a virada de março para abril. Não tenho dúvida que a pandemia acelerou demais esse conjunto de percepções, muitas delas ligadas ao mundo do trabalho. E, por tabela, o aprendizado ao longo da vida ganhou muita evidência.

● Qual a importância de estar sempre aprendendo ao longo da vida?

Basta olhar a quantidade de pequenas habilidades que tivemos de desenvolver nos últimos meses, sobretudo no começo da quarentena, quando tudo migrou para o ambiente digital e virtual. Dificilmente alguém tinha a proficiência que tem hoje para lidar com as videoconferências. Hoje parece a coisa mais normal do mundo, mas no começo não era. Tem uma série de competências de comunicação à distância que tivemos de desenvolver; nosso contato com o mundo dos aplicativos aumentou; e, do ponto de vista dos prestadores de serviço, muitos tiveram de fazer uma migração forçada para o universo digital. A ideia de que ninguém está pronto, formado, é uma das muitas tendências que se materializaram fortemente durante a pandemia.

● Qual o impacto da digitalização nessa nova visão?

Quando há uma transformação digital na velocidade e intensidade que estamos vivendo, a ideia de que você na sua infância, adolescência e início da juventude recebeu toda a formação para exercer sua profissão se torna quase risível. Para ser mais pragmático, se você não se mantiver aprendendo ao longo da sua vida, você vai se tornar irrelevante profissionalmente.

● Você escreveu um livro sobre o assunto. Esse livro ensina o leitor a aprender?

Esse livro tem dois eixos principais. O primeiro é justamente a questão do impacto das tecnologias sobre o mundo do trabalho. O segundo trata sobre como se manter relevante nesse novo mundo em que as máquinas inteligentes vão estar cada vez mais presentes. E esse desafio de se manter relevante é desdobrado no livro em várias dimensões. Tem uma dimensão que é puramente profissional, pessoal, individual, que é como eu me mantenho relevante profissionalmente na minha atividade. Outra dimensão, que talvez possa chamar da dimensão da liderança, que é como manter uma equipe relevante dentro da organização. E a dimensão organizacional, que é como manter a empresa relevante no meio desse processo de transformação digital. Umas das respostas que decidimos olhar com mais atenção e mergulhar nela é a questão da aprendizagem. É aprender a aprender de uma maneira mais ágil. Não vou dizer que o livro ensina a aprender ou ensina como ser relevante, mas abre um leque bastante amplo de possibilidades para se manter relevante e se manter aprendendo.

 

APRENDIZ ÁGIL

LIFELONG LEARNING, SUBVERSÃO CRIATIVA E OUTROS SEGREDOS PARA SE MANTER RELEVANTE NA ERA DAS MÁQUINAS INTELIGENTES.

Autores: Alexandre Teixeira e Clara Cecchini.
Livro mostra como se tornar relevante e continuar em contínuo processo de aprendizagem.

● Nós não aprendemos a aprender?

Como regra, diria que não, em nenhuma instância da nossa vida. Estou afastado do mundo escolar faz tempo, mas até onde estou informado a gente não aprende a aprender. Aprendemos a decorar, aprendemos o que precisamos estudar e quais são os melhores caminhos para tirar boa nota e passar de ano. Depois de adulto, isso também não ocorre. Acho que não existia essa preocupação de ensinar a aprender.

● O aprendizado ao longo da vida vale para qualquer geração? Tem pessoas que têm perfil de estudante e outras não.

É uma boa pergunta e eu não tenho resposta definitiva para ela. Talvez a gente possa relativizar a ideia do estudar e pensar em aprender. Eu não sou uma pessoa com uma disposição para estudar formalmente. Acho que tem muita gente como eu que não tem essa disposição de fazer uma pós-graduação, mestrado e doutorado. Mas eu me considero uma pessoa super movida pelo aprendizado. Uma ideia que está no livro é que possamos chegar num ponto que não precisemos aprender para trabalhar, mas sim trabalhar para poder aprender. A minha carreira inteira sempre foi voltada para a ideia de aprender trabalhando. Este é o quarto livro que eu faço e o processo de fazer um livro envolve um aprendizado enorme. Podemos estar quase sempre aprendendo ou podemos nos dar conta de que há muitas oportunidades de aprendizagem que não necessariamente são formais e não necessariamente implicam fazer um curso.

● E não necessariamente precisa ter dinheiro para aprender?

Não. Não defendo que não se faça curso formalmente. Mas não é preciso ter dinheiro para aprender. Informação gratuita na internet tem muito mais do que uma pessoa é capaz de consumir. Hoje tem plataformas pagas e gratuitas, que oferecem modalidades diferentes de aprendizagem.

● Esse aprendizado tem de partir do profissional ou as empresas precisam entrar nesse processo?

Tenho convicção de que as empresas fazem parte desse processo de facilitar e estimular o processo de aprendizagem. A organização deve ser uma aliada, e isso não é uma novidade. O que discutimos é a maneira de fazer isso. A maneira tradicional é mapear quais são as necessidades da minha empresa do ponto de vista de competência. Por exemplo, num processo de transformação digital, a empresa percebe que não tem profissionais de ciência da computação em quantidade suficiente. Então decide recrutar algumas pessoas e requalificar a sua força de trabalho. Monta um plano que vai durar cinco anos, define um currículo e começa a cobrar as pessoas para que façam os cursos. Mas, num cenário de mudanças aceleradas, o mapeamento do que está faltando hoje fica rapidamente defasado. A competência adquirida agora na área de tecnologia tem vida útil de mais ou menos dois anos. Portanto, se você fizer um programa para os próximos cinco anos, no segundo ano esse programa já estará defasado.

● No Brasil ainda discutimos analfabetismo ou se alguém vai ou não fazer uma faculdade. Estamos um passo atrás ou isso não interfere?

Em relação a outros países, estamos um passo atrás. Temos problemas de formação básica e de ensino médio. Tivemos um processo de democratização do ensino superior, que muita gente questiona, mas houve e é positiva. Mas a qualidade do ensino superior é mal avaliado. Já largamos atrasado sob esse ponto de vista. Nos processos de formação corporativas, não sei se estamos tão atrasados. Se pegar as boas empresas, talvez estejamos em linha com o que está se fazendo fora do Brasil.

● Só nas grandes?

Nas grandes, nas ricas – que são empresas de tecnologia e nem sempre grandes – e no universo de startups, há uma liderança bem informada e atenta a esse processo de aprendizado. Mas, se temos uma base profissional bastante deficiente por causa da formação educacional, inevitavelmente estamos atrasado e não há muita mágica que se consiga fazer. Tem uma dimensão gigante disso que eu chamo do desafio da relevância que é uma questão de poder público, um desafio de formulação de políticas públicas. Me incomoda um pouco essa ideia salvacionista de que as empresas têm de resolver esse problema. As empresas podem remediar esse problema.

EXPEDIENTE
Reportagem: Renée Pereira Coordenação Sua Carreira: Ana Paula Boni, Bia Reis e Carla Miranda Editor executivo multimídia: Fabio Sales / Editora de infografia multimídia: Regina Elisabeth Silva / Editores assistentes multimídia: Adriano Araujo, Carlos Marin, Glauco Lara e William Mariotto / Designer multimídia: Dennis Fidalgo / Editora adjunta de Economia e Negócios: Cátia Luz /

FONTE: https://www.estadao.com.br/infograficos/economia,lifelong-learning-como-se-tornar-um-profissional-em-constante-aprendizagem,1129573