A instituição aposta no uso de dados e criou, ao longo dos anos, uma série de ferramentas para aprimorar o atendimento ao paciente
“A medicina e a tecnologia caminham juntas”, afirmou Juliana Soares, cardiologista e gerente de relacionamento médico do Hospital Israelita Albert Einstein, durante a HealthTech Conference, realizada pela StartSe. Segundo ela, tecnologias como robótica, inteligência artificial e dispositivos wearables estão se tornando cada vez mais comuns na transformação digital do setor.
Além disso, segundo Juliana, o uso de dados é essencial para a instituição. “Há dois anos começamos a usar o Prontuário Eletrônico Cerner. Ficamos três anos personalizando ele e hoje temos uma série de ferramentas que nos ajudam a aumentar a eficiência operacional e otimizar recursos. Começamos a conhecer melhor nossos pacientes”, explica.
Um exemplo disso é o score de propensão de internação desenvolvido pelo hospital. “Quando o paciente entra no pronto atendimento e o médico faz prescrições de exame, conseguimos prever a chance dele ser internado. Quando ela existe, o setor responsável já é avisado e um leito é reservado”, explica Juliana. Segundo a cardiologista, a solução reduziu 1 hora e 40 minutos o tempo do paciente no pronto atendimento.
Também com o uso de dados, o hospital criou uma central que monitora as informações dos prontuários eletrônicos. “Em uma tela temos a visualização de todos os pacientes com score de dor e com prescrição de analgésicos. Se essa medicação não foi aplicada ou está com atraso, a área é avisada”, explica Juliana. A solução funciona 24 horas, sete dias da semana.
O hospital também está desenvolvendo, dentro de seu aplicativo, uma ferramenta que ajuda o paciente a tomar melhores decisões. Ele preenche sua queixa e a solução ajuda a direcioná-lo para o pronto socorro, atendimento de telemedicina ou a procurar o médico dele. “Os pacientes esperam serviços de saúde personalizados”, disse Juliana.
FONTE: StartSe