Grandes empresas de tecnologia estão se envolvendo cada vez mais com a bilionária indústria da saúde. Muitas delas têm visto seus números se estagnarem ou até mesmo caírem nos modelos atuais de negócios, então essas companhias estão lançando mais e mais serviços relacionados à saúde de seus usuários como forma de abocanhar uma parcela deste mercado lucrativo.
Entenda os esforços de cada uma:
Amazon
Em 2018, a Amazon adquiriu a empresa de farmácia online PillPack, que envia medicamentos aos clientes pelo correio, e recentemente comprou também a startup Health Navigator.
Apple
A Apple vem trabalhando com recursos de saúde no Apple Watch, principalmente, e no seu aplicativo Saúde. Com o relógio inteligente, usuários podem fazer o monitoramento da frequência cardíaca, buscar por ritmos cardíacos fora do padrão e, em atualização mais recente, também fazer o rastreamento do ciclo menstrual.
No app Saúde, usuários podem compartilhar seus dados com a companhia para o monitoramento frequente, com a possibilidade ainda de sincronizar essas informações com registros de hospitais, como vacinação, resultados de laboratório, alergias, entre outros.
Em 2018, a Apple contratou cardiologistas e obteve a aprovação do Food and Drug Administration (FDA), órgão de regulamentação dos Estados Unidos, para o uso da tecnologia de eletrocardiograma no seu relógio inteligente.
A companhia vem ainda trabalhando ao lado de planos de saúde norte-americanos, criando aplicativos de acompanhamento da saúde. Funcionários da Apple também têm direito a clínicas exclusivas.
A empresa de Mark Zuckerberg está trabalhando no ramo da saúde ao desenvolver ferramentas de monitoramento, além do incetivo à comunidade para doações de sangue. Quem está por trás das iniciativas é o cardiologista Freddy Abnousi, que trabalha como chefe de pesquisas em saúde na companhia.
Em janeiro deste ano, o Google contratou David Feinberg como vice-presidente da divisão Google Health. Desde então, o executivo vem liderando uma equipe que trabalha na coordenação de iniciativas de saúde, desde o sistema de busca e mapas, até para o Android e áreas de inteligência artificial. Em uma conferência realizada em outubro, Feinberg revelou que o primeiro objetivo principal da sua equipe será a supervisão de como pesquisas relacionadas à saúde surgem, trabalhando no aprimoramento ao lado da equipe de buscas do Google. A equipe de Feiberg também trabalha com inteligência artificial pelo Google AI e pelo DeepMind Health, que busca a análise de imagens médicas, como escaneamentos oculares e de células de câncer de mama, com o objetivo de ajudar no diagnóstico e tratamento.
A empresa também está oferecendo o Google Cloud para serviços de contratos em nuvem com os sistemas de saúde, como com a clínica Mayo, que firmou parceria com a companhia em setembro.
A Alphabet, empresa que comanda o Google, também vem investindo no braço Verily, que envolve projetos de robótica para o monitoramento de açúcar no sangue como forma de tratar a dependência. Além de tudo isso, na última sexta-feira (1º), o Google oficializou a compra da Fitbit por US$ 2,1 bilhões — a FitBit fabrica pulseiras fitness que acompanham tanto a prática de exercícios físicos, quanto a saúde do usuário.
Microsoft
Após algumas tentativas nada bem sucedidas que entrar na indústria da saúde, como a ferramenta HealthVault, que acabou sendo encerrada, a Microsoft está investindo em grandes parcerias. Ao lado de companhias renomadas do mercado da saúde, como a rede de farmácias Walgreens, a Microsoft vem disponibilizando seus serviços em nuvem e software, além de projetos para facilitar o acesso à saúde no futuro.
Uber
O aplicativo de caronas Uber também está investindo na colaboração com a saúde. A companhia vem trabalhando ao lado da LogistiCare, uma forma de transporte de saúde que pode facilitar cerca de 60 milhões de viagens por ano. Com isso, a expansão do serviço pode chegar às áreas rurais, visto que pessoas mais velhas e que precisam de mais cuidados acabam vivendo nessas regiões.
Fonte: Business Insider