Como criar uma sociedade que aprende?

Paulo Gala / Economia & Finanças

Graduado em Economia pela FEA/USP. Mestre e Doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo. Foi professor visitante nas Universidades de Cambridge UK em 2004 e Columbia NY em 2005. É professor de economia na FGV-SP desde 2002.

 

Stilgitz e B. Greenwald mostram em seu maravilhoso livro “Creating a Learning Society” como num ambiente de equílibrio geral, otimização micofundamentada, etc etc, K. Arrow mostrou que se colocarmos “learning by doing” tudo muda em termos dos resultados “pareto ótimos”. A partir dessa ideia de K. Arrow, Stiglitz e Greenwald desenvolvem uma modelagem quase ortodoxa para chegar em resultados heterodoxos amplamente conhecidos. Nesse contexto uma politica industrial e’ necessaria para identificar as falhas de mercado e externalidades, entender porque o mercado nao resolve e sugerir politicas publicas corretivas. Os modelos mais ortodoxos com “learning by doing” costumam seguir dois caminhos: i)existem externalidades nos investimentos de R&D, logo da otica indivudal da firma em relacao a sociedade ocorre “sub-investimento”, ii)os ganhos de R&D sao mantidos dentro da firma e tendem a gerar poder de monopolio com mais incentivo a firma para inovar e ganhar mercado em cima de seu conhecimento proprietario. Ambos caminhos desse tipo de modelagem levam a resultados sub-otimos, “second best economics” criado por inovacoes e conhecimento; mercados nao funcionarao bem. A historia mostra, segundo Stiglitz, que as politicas industriais explicam os casos de sucesso, so que hoje o OMC nao deixa mais fazer isso (o mindset da OMC e’ ortodoxo simplista e nao ortodoxo sofisticado). Bom, como fazer entao? Segundo Stiglitz alguns paises ignoram a OMC (China) e outros usam a politica cambial que e’ mais “discreta” por assim dizer.

FONTE: https://www.paulogala.com.br/como-criar-uma-sociedade-que-aprende/?fbclid=IwAR3UfONFxzNSCSNDRwGE9HJ4YeQpZRmpYF3VuL00hsS3xTYZaOowN–tt2E