Com programa de inovação aberta, VLI se alia a startups para crescer

A companhia promove ações de inovação aberta para solucionar desafios internos da companhia e transformar sua cultura

Se aproximar de startups e do ecossistema de inovação tem sido cada vez mais importante e comum para as grandes empresas — não importa o setor. De olho neste cenário a VLI, uma das maiores empresas de logística do Brasil e que opera ferrovias, portos e terminais, lançou o Inova VLI no final de 2017. O programa conta com as ações dos chamados Startup Days, Hackathons e eventos de conexão com o mercado de tecnologia que acontecem de forma contínua, com o lançamento, em seu site, de desafios relacionados a diversas áreas da empresa.

No Startup Day, por exemplo, as startups inscrevem suas soluções e passam por uma pré-seleção, onde são escolhidas de acordo com a compatibilidade com o desafio divulgado. Depois de pré-selecionadas, as startups apresentam um pitch para as lideranças das áreas envolvidas com os desafios propostos. Aquelas soluções com maior potencial têm a oportunidade de realizar um projeto-piloto com a VLI, com o objetivo de testar, validar ou até mesmo desenvolver uma nova solução.

“Buscamos transformar a logística com soluções inovadoras para o negócio, trazendo eficiência para a empresa”, diz Camila Ribeiro, analista de Inovação e Transformação Digital da VLI. Desde o início do programa, já foram realizados cinco Startup Days, que resultaram em oito startups contratadas e onze em etapa de avaliação. Ao todo, foram mais de 250 startups conectadas.

Maratonas de inovação

Além do Startup Day, a VLI também tem utilizado os hackathons em algumas situações, quando reúne participantes para uma maratona de criação de soluções para desafios previamente definidos. As vencedoras ganham um prêmio em dinheiro e podem implementar a solução na companhia, como um novo fornecedor. Em uma das maratonas, que aconteceu em Belo Horizonte em novembro de 2018, os participantes desenvolveram em um final de semana soluções para melhorar o nível de comunicação de alguns equipamentos importantes da ferrovia, os chamados aparelhos de mudanças de via (AMVs).

“Trazemos essa iniciativa não só para encontrar tecnologias e soluções para dores do nosso negócio, mas também para aproximar a companhia do ecossistema, colocando em contato os técnicos internos com os desenvolvedores e inovadores do mercado”, explica Camila. Segundo ela, o mercado de ferrovias ainda é pouco explorado, mas repleto de oportunidades. “Hoje, estamos muito focados em inovação. Com o apoio da alta liderança da VLI, estruturamos áreas específicas de inovação e transformação digital na companhia e temos o papel de transformar a logística do Brasil com inovação”, afirma.

Aprendizado mútuo

Com o Inova VLI, a troca é mútua entre as startups e a companhia. “Passamos a entender melhor como funciona a contratação dessas empresas, simplificando nossos processos. Aprendemos muito com elas e nos tornamos mais rápidos na execução de projetos”, conta Daniel Novo, Gerente Geral de Inovação e Transformação Digital da VLI. Hoje, por exemplo, a VLI trabalha com metodologias ágeis — conjunto de técnicas aplicadas para desenvolver produtos e processos de forma mais acelerada.

Para 2019, a companhia pretende intensificar o número de iniciativas e ampliar o contato com as startups, expandindo o programa. “Queremos estar mais próximos ao ecossistema, compartilhar esforços e crescer juntos. Teremos muitos novos desafios e hackathons, além de outras novas iniciativas que estão sendo planejadas”, diz Daniel.

FONTE: STARTSE