Com novo varejo e apps de delivery, alimentação saudável cresce na China

Gigantes chineses de tecnologia estão investindo pesado no setor de alimentos frescos entregues em casa

Com informações de China Skinny, consultoria de marketing especializada no mercado chinês

 A transformação do varejo e a popularização dos apps de delivery não mudam apenas a forma como se consome, mas quais produtos as pessoas compram. A consultoria de marketing China Skinny realizou pesquisas de campo em diversas casas na China e constatou que alimentos saudáveis estão tomando os lugares que antes eram ocupados por comidas congeladas pré-prontas.

De acordo com publicação da consultoria, a mudança não é apenas cultural. Hoje, consumidores chineses têm acesso mais fácil e barato a uma alimentação saudável. Mercados do novo varejo, que trabalham tanto com unidades físicas quanto com marketplaces digitais, oferecem produtos frescos entregues em casa em menos de 30 minutos. Hoje, o país conta com mais de 350 milhões de usuários ativos de serviços de delivery de alimentos.

O levantamento acontece em um cenário onde empresas gigantes de tecnologia estão investindo em mercados focados em alimentação saudável. É o caso do aporte de US$ 300 milhões da Alibaba na plataforma de e-commerce Yiguo, e do crescimento acelerado do segmento de alimentos frescos da varejista JD.com – que deve investir US$ 900 milhões na Thai Fruit. Vale ressaltar que nos EUA há uma tendência similar: a Amazon adquiriu a Whole Foods, por exemplo.

A China Skinny ressalta, porém, que ainda existe entre diversas famílias chinesas resistência a pratos prontos. Mães querem controle sobre a alimentação de seus filhos, mas não têm tempo para todo o processo de se fazer uma refeição completa. Este panorama contribui para o aumento do comércio de alimentos frescos, mas já prontos para cozinhar. Uma pesquisa da consultoria Goldstein prevê que o mercado de fresh-food valerá US$ 150 bilhões até 2025.

Segundo a China Skinny, no entanto, as transformações do consumo com a popularização do novo varejo não estão restritas ao setor alimentício. A consultoria especializada em marketing afirma que marcas de todos os setores do comércio chinês devem se preparar para mudar seus produtos diante das novas demandas do público.

FONTE: StartSe