Com Inteligência Artificial, 7 milhões de brasileiros precisarão se recapacitar

Pesquisa da IBM indica que, nas 12 principais economias do mundo, 120 milhões serão substituídos por automação caso não passem por treinamento para novas habilidades

Um estudo realizado pela IBM e divulgado na última sexta-feira (6) afirma que 120 milhões de pessoas, nas 12 principais economias do mundo, precisarão se recapacitar para o mercado profissional nos próximos três anos. No Brasil, 7,2 milhões de pessoas terão de passar por treinamentos de novas habilidades com o aumento da adoção de Inteligência Artificial (IA) nas empresas. Isto porque a tecnologia irá substituir posições com automação, e ao mesmo tempo criar cargos em que serão necessárias novas capacidades.

Participaram da pesquisa 5670 executivos de 48 países. A maioria destaca, por um lado, que pessoas continuarão sendo a parte mais importante de suas organizações. Por outro, grande parte afirma que não vê seu país e sua companhia preparados para promover a recapacitação dos trabalhadores para as habilidades necessárias no futuro.

O estudo indica que a “meia-vida” das habilidades diminuiu para apenas cinco anos. Isto significa que este é o período necessário para uma capacidade profissional estar desatualizada no mercado e ter metade do valor que tinha antes. Além disso, hoje demora, em média, 36 dias para que uma pessoa se capacite para uma função – há quatro anos, este treinamento durava apenas de três a quatro dias.

Todas essas informações levantadas na pesquisa da IBM apontam para um futuro em que, cada vez mais, bons profissionais vão ter de se capacitar continuamente, a fim de se manter atualizados no mercado de trabalho e não perder seu posto para a Inteligência Artificial. A StartSe, empresa de educação continuada, acredita nesta previsão e oferece diversos cursos onlinecursos presenciaisprogramas internacionais e eventos focados nas habilidades do futuro.

Habilidades do futuro

O estudo compara as habilidades mais exigidas por executivos em 2016 e hoje. Tornaram-se mais relevantes capacidades comportamentais (soft skills) como: “flexibilidade, agilidade e adaptabilidade a mudanças”, “gestão do tempo e priorização de tarefas”, “trabalho em equipe” e “comunicação em um contexto de negócios”. Por outro lado, perderam notoriedade as habilidades técnicas (hard skills): “computação básica e uso de softwares”, “leitura, escrita e matemática” e “capacidades específicas para a indústria ou o cargo em questão”.

A IBM conclui a pesquisa com três recomendações para diminuir o vácuo entre as habilidades que as pessoas têm e a que elas necessitarão em 2022. A primeira é personalizar a gestão de recursos humanos: “entender as características de cada funcionário, compreender para qual sentido a organização e o indivíduo precisam e querem progredir e criar um caminho personalizado e carreira e aprendizado integrados”. Neste sentido, o RH Day, evento da StartSe, vai mostrar como usar tecnologia e novos modelos de gestão para profissionais de recursos humanos.

A segunda recomendação do estudo é aumentar a transparência. “Empresas líderes sinalizam aos empregados de forma transparente os cargos e capacidades cujas demandas são crescentes e provêm os métodos para que eles possam se atualizar e serem reconhecidos por isso”.

Por último, a pesquisa afirma que as empresas precisam olhar para fora a fim de entender as tendências do mercado. “Acabaram-se os dias em que uma empresa tem todas as respostas”, diz a IBM. “Para se manterem competitivas, companhias precisam adotar uma arquitetura de tecnologia aberta e estabelecer parcerias para tirar proveito das inovações mais recentes. Mudanças culturais são necessárias para receber colaboração de terceiros na organização e será preciso se preparar para um contexto nunca antes visto em que haverá integração de dados entre empresas e o ecossistema como um todo”, prevê.

FONTE: STARTSE