Com autorização do Banco Central, TransferWise planeja expansão no Brasil

Diana Ávila, líder da TransferWise na América Latina: fim da espera

O unicórnio britânico TransferWise anunciou hoje (8) que recebeu a autorização do Banco Central para constituir uma corretora de câmbio no Brasil. A aprovação põe fim a uma espera de dois anos da fintech, que está no país desde abril de 2016, para exercer suas atividades plenamente em território brasileiro.

A TransferWise, que vale mais de US$ 1 bilhão e tem o bilionário Richard Branson entre seus investidores, vinha operando no Brasil como correspondente cambial em parceria com bancos locais e diz ter movimentado mais de R$ 26 bilhões em envios de dinheiro de e para o país.

O Brasil é um dos cinco mercados prioritários para a startup e as operações por aqui tiveram uma média de crescimento de 57% – um número que, segundo a própria empresa, é maior do que a média dos mercados globais em que atua.

Com a licença, que torna os parceiros desnecessários, a empresa trabalha na integração de sistemas que permitem a comunicação das transações cambiais diretamente para o BC. Segundo a TransferWise, isso deve diminuir os custos e facilitar a ampliação do portfólio de serviços.

No momento, é possível usar a plataforma para envios entre pessoas físicas – a ideia é incluir outros tipos de operações, e permitir que pessoas enviem valores para empresas, por exemplo.

“Iniciamos esse processo no fim do ano passado, permitindo que as pessoas transfiram dinheiro para instituições de ensino. Sem a necessidade de integrar nossos sistemas ao de parceiros, conseguiremos expandir o uso da nossa plataforma para mais fins com maior velocidade”, diz Diana Ávila, líder da TransferWise na América Latina.

Segundo a empresa, a média do custo de envio pela TransferWise é 1,5% por transferência. Em sua nova fase no Brasil em que operará de forma independente, a empresa quer aproximar a taxa praticada por aqui à sua média global, que é atualmente de 0,74%.

Angelica Mari é jornalista especializada em inovação há 18 anos, com uma década de experiência em redações no Reino Unido e Estados Unidos. Colabora em inglês e português para publicações incluindo a FORBES (Estados Unidos e Brasil), BBC e outros.

FONTE: forbes.com.br