Máquina em desenvolvimento utiliza pequenos tecidos desenvolvidos em laboratório que simulam função dos cérebros humanos.

Futuro biocomputador pode ter capacidade de cérebro humano em aspectos como aprendizado e memória. — Foto: Getty Images
Avanços na Inteligência Organoide podem revolucionar a computação. Com essa aposta, pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, trabalham para criar uma máquina desenvolvida com organoides cerebrais, estruturas 3D compostas por milhões de células e que reproduzem o funcionamento de um cérebro humano.
Em novo estudo, a equipe internacional de pesquisadores liderada pelo microbiologista Thomas Hartung defende que Inteligência Organoide (OI) pode ser mais rápida e eficiente do que a inteligência artificial ao tomar decisões complexas.
“Enquanto a IA visa tornar os computadores mais parecidos com o cérebro, a pesquisa da OI explorará como uma cultura de células cerebrais 3D pode se tornar mais parecida com o computador”, diz o cientista, em pesquisa publicada na Frontiers in Science.
O objetivo final dos pesquisadores é construir um computador futurista com organoides cerebrais, conectados com sensores reais e dispositivos de saída, segundo o Daily Mail.
Organoides cerebrais e máquinas
Os organoides cerebrais foram desenvolvidos em 2008. Tratam-se de esferas 3D de tecido semelhante ao cérebro cultivadas a partir de células-tronco. As futuras máquinas de OI seriam treinadas “usando biofeedback, armazenamento de big data e métodos de aprendizado de máquina”, explica a equipe.
“Isso visa estabelecer a OI como uma forma de computação biológica genuína que aproveita os organoides do cérebro usando avanços científicos e de bioengenharia de maneira eticamente responsável”, acrescentam.
FONTE: https://epocanegocios.globo.com/tecnologia/noticia/2023/02/cientistas-querem-usar-cerebros-humanos-sinteticos-para-operar-biocomputadores.ghtml