China se aproxima dos EUA na corrida pela liderança em inteligência artificial

Estudo Global AI Index indica que a potência asiática se destaca em campos como reconhecimento facial, supercomputadores e a confiança da população nas novas tecnologias

Young technician working in server cabinet

Os EUA são líderes globais incontestáveis quando se trata de inteligência artificial. Segundo o estudo Global AI Index, divulgado no início de dezembro pela consultoria Tortoise, os norte-americanos têm folga em relação à China, que ocupa a segunda posição no ranking. No entanto, a pesquisa anual também indica que os vice-líderes estão diminuindo a distância e se destacam em alguns campos específicos relacionados à tecnologia.

Depois das duas principais potências globais, aparecem no ranking, respectivamente, Reino Unido, Canadá e Alemanha. O Brasil aparece na 44ª colocação. No total, foram avaliados 54 países sob as categorias: talentos, infraestrutura, ambiente operacional, pesquisa, desenvolvimento, estratégia governamental e financiamento privado.

“Mais de 10 mil empresas de inteligência artificial foram fundadas desde 2015, atraindo financiamento privado de US$ 37 bilhões, e milhares de programadores extras foram recrutados para projetos de IA globalmente nos últimos três anos, à medida que a demanda pela tecnologia aumenta”, afirma o estudo.

Disputa entre EUA e China

A liderança dos EUA com folga sobre a China se deve principalmente às categorias talentos, pesquisa e financiamento privado. “No entanto, com a taxa de crescimento atual, os especialistas preveem que a China ultrapassará os EUA em apenas cinco a dez anos”, afirma o Global AI Index.

A potência asiática é quem mais cresce nas métricas analisadas pelo estudo ano a ano. No ano passado, 85% de todas as patentes de reconhecimento facial do mundo foram registradas na China. Além disso, o país tem mais que o dobro de supercomputadores, essenciais para o desenvolvimento de aplicações complexas, do que o concorrente ocidental.

“O presidente Xi Jinping está a caminho de alcançar seu objetivo de conquistar o primeiro lugar em inteligência artificial até 2030”, afirma o estudo. “Razões para acreditar que a China terá sucesso? Não há muitos obstáculos em seu caminho. Xi colocou a IA no centro da estratégia econômica da China. Os desenvolvedores chineses estão trabalhando em mais projetos de deep learning do que na Europa, por exemplo. E a população em geral está a bordo: a confiança na inteligência artifical é maior na China do que em qualquer outro lugar do mundo”, finaliza.

FONTE: STARTSE