A China lançou um satélite com radar de abertura sintética, que vai ser usado para observar o território do país e ajudar na resposta a desastres.
A China lançou no sábado (12) o satélite Land Exploration-4 01, descrito pelo país como o primeiro com radar de abertura sintética (SAR) já enviado à órbita geossíncrona. Quando iniciar suas operações, o novo satélite vai realizar observações meteorológicas da China e arredores, aumentando as capacidades no que diz respeito à prevenção e resposta a desastres.
O lançamento aconteceu no Centro de Lançamentos de Satélites Xichang às 14h36, no horário de Brasília, com um foguete Long March 3B. Segundo a Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China, o novo satélite entrou com sucesso na órbita de transferência geossíncrona. Em um planejamento de 2023 divulgado pela Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China (CASC), havia uma menção sobre um satélite SAR, que seria enviado a uma órbita de grande altitude.
O SAR pode ser descrito como um processo de coleta de dados com um sensor, que produz energia própria e depois registra a quantidade de energia refletida de volta, após interagir com a Terra. Como o sinal é bastante responsivo a características da superfície, como estruturas, a interpretação dos dados SAR é diferente daquelas das imagens ópticas.
A equipe envolvida no projeto do satélite explicou que o radar de abertura sintética é capaz de observar a Terra e capturar imagens, mesmo que haja luz solar forte ou nuvens espessas. Segundo a Administração Espacial Nacional da China (CNSA), o tipo de satélite lançado oferece recursos de monitoramento e captura de imagens melhores, quando comparados a outros satélites SAR em órbitas baixas e satélites ópticos.
A CNSA observou que os satélites SAR atuais operam em órbitas baixas, o que limita o escopo de observações e o tempo de monitoramento por órbita. “Por comparação, o mesmo tipo de satélite viajando em órbitas altas pode monitorar uma área muito maior e vai ser mais responsivo a tarefas sensíveis de tempo, como capturar imagens e dados para o trabalho de socorro durante desastres”, acrescentaram.
Este foi o 35º lançamento de um foguete da China neste ano, sendo também o 483º voo de um foguete da família Long March, a mais usada pelo país. A CASC planeja chegar à marca de 70 lançamentos neste ano.
FONTE: https://www.terra.com.br/byte/ciencia/espaco/china-lanca-novo-satelite-de-monitoramento-e-prevencao-contra-desastres,a1faeb4ba9a21b26abd720909240f47cvyp9u4cn.html?utm_source=clipboard