China está prestes a se tornar o país mais influente em pesquisa de inteligência artificial

Apesar de já terem superado o atual líder, Estados Unidos, em quantidade, até 2025 os estudos chineses ultrapassarão como os mais citados

A China se tornará o país com mais estudos influentes sobre inteligência artificial, superando o atual líder, Estados Unidos. Segundo o Instituto Allen de Inteligência Artificial (AI2), os chineses estarão em maior quantidade entre os 50% estudos mais citados na literatura científica já neste ano. No ano que vem, superarão os Estados Unidos entre os 10% mais citados. Até 2025, o país será o mais lembrado entre os papers 1% mais citados. Não foi à toa: o resultado é fruto de um grande investimento feito pelo governo chinês.

Comparado com os americanos, os chineses já publicam mais estudos sobre IA ao ano desde 2006. Para os críticos, entretano, quantidade não significa qualidade. A China sofre com problemas de fraude cientifica, por isso o número de pesquisas publicadas não é uma métrica que signifique conquista em IA.

No entanto, AI2 analisou mais de dois milhões de estudos publicados até 2018 e chegou à conclusão que a qualidade dos estudos chineses melhorou. “Claro que alguém pode argumentar que a estatística de citação pode estar relacionada ao fato de mais cientistas chineses citarem uns aos outros, mas se você olhar a lista do Prêmio dos Melhores Estudos, você verá várias publicações chinesas”, explica o CEO da AI2, Oren Etzioni, ao The Verge.

A pesquisa também descobriu que o declínio de citações dos estudos americanos tem ocorrido desde 1982. A marca era de 47% entre os 10% mais citados naquele ano, mas caiu para 29% em 2018. No mesmo ano, a China chegou a 26,5%. Os EUA, porém, continuam firmes na liderança de estudos em ciência da computação no Prêmio.

Algumas das causas para a queda dos estudos americanos é a falta de investimentos concretos na área de IA. O presidente dos EUA Donald Trump assinou um documento para estimular investimentos, mas não adereçou o problema que o país enfrenta atualmente: a dificuldade de atrair talentos.

FONTE: ÉPOCA