Centro Industrial do Subaé inaugura parque de energia solar

Economia inicial na conta de luz será de R$ 8 mil por mês

A empresa RMB, localizada no Centro Industrial do Subaé, em Feira de Santana (BA), inaugurou, em fevereiro, uma usina de energia solar dentro do complexo, com investimento da ordem de R$ 1 milhão. No total, são 1,6 mil metros quadrados de placas fotovoltaicas, com projeção para produzir anualmente 180 mil kilowhats.

O retorno do investimento será em cinco anos. No início da operação, a RMB terá uma redução de R$ 8 mil por mês na sua conta de energia. Segundo a empresa, além do aspecto econômico, o projeto está focado na sua sustentabilidade e na redução do impacto ao meio ambiente.

Há dez anos, a RBM trabalha com reciclagem de plástico. Mensalmente, recicla 30 toneladas de plástico, que é absorvido pela Giga Phas, indústria localizada no bairro Tomba, que transforma os granulados de plástico em uma variedade de utensílios domésticos, como lixeiras, baldes, bacias e bancos.

De acordo com as informações da Secretaria Municipal de Comunicação, o evento de inauguração contou com as presenças dos secretários Arcênio Oliveira (Meio Ambiente), Denilton Brito (Governo), e Mário Borges (Agricultura), representando o prefeito Colbert Martins Filho; diretores do Centro Industrial do Subaé e lideranças políticas.

A Bahia está na liderança nacional na geração de energia eólica (31,8%) e solar fotovoltaica (33,7%) em 2019. A fonte fotovoltaica cresceu mais de 70% no estado em relação a 2018 e a eólica mais de 50%. As informações são do Informe Executivo de Energias Renováveis de dezembro, divulgados no dia 24 de janeiro, pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE).

Segundo o relatório, mais de R$ 20 bilhões foram investidos nos parques que estão em operação, gerando mais de 32,2 mil empregos. O vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, João Leão, reiterou que a Bahia é protagonista do segmento de renováveis no país. “O estado contribuiu para a diversificação da matriz energética, e também impulsionou o desenvolvimento econômico e social no interior, especialmente no semiárido, onde a maioria dos parques estão implantados”, destacou. E complementa que o resultado foi o aumento do arrendamento de terras, movimentação econômica, empregos, projetos sociais na arrecadação das cidades

Privilegiada pelos altos níveis de radiação solar, a Bahia se destacou com o aproveitamento de recursos naturais. Segundo o relatório, são 29 parques fotovoltaicos em operação, com 777 Megawatts (MW) de capacidade instalada e mais de 3 milhões de módulos fotovoltaicos, onde já foram investidos R$ 3,8 bilhões, nos municípios de Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Casa Nova, Guanambi, Itaguaçu da Bahia, Juazeiro e Tabocas do Brejo Velho. Foram gerados mais de 10 mil empregos diretos na fase de construção dos parques que já estão em operação.

O estado tem 14 parques que ainda não começaram a ser construídos. A previsão é que eles adicionem na rede elétrica 657 MW até 2024, com investimento de R$ 2,8 bilhões e geração de mais de 8,5 mil empregos diretos na fase de construção.

Segundo Laís Maciel Lafuente, diretora de Interiorização do Desenvolvimento da SDE, as usinas solares centralizadas devem apresentar crescimento, principalmente para comercialização no mercado livre. “Tudo vai depender do custo dos equipamentos, avanços tecnológicos e processo de desenvolvimento dos projetos”, explica.

No ano passado, a geração distribuída (GD), que gera energia elétrica próxima ou no local de consumo, cresceu 100% em relação a 2018. No total foram acrescentadas no sistema 2.862 unidades geradoras, somando 29,92 MW de potência.

FONTE: PORTAL SOLAR