Camila Farani lidera gestão de fundo de US$ 50 mi para internacionalizar startups brasileiras

Presidente da G2Capital e outros investidores empreendedores estão de olho em startups brasileiras com soluções globais

Staged Ventures: Geraldo Neto, Camila Farani e Flavio Pripas (Divulgação/Divulgação)

Demissões, inflação alta e investidores cautelosos. O cenário atual não parece ser muito animador para as startups. Entretanto, um grupo de investidores acredita que boas oportunidades podem surgir em cenários desafiadores. Camila Farani, uma das maiores investidoras-anjo do Brasil, aposta na Staged Ventures, nova gestora de fundo de investimentos voltada à internacionalização de startups brasileiras. A expectativa é investir US$ 50 milhões, cerca de R$ 252 milhões, nos primeiros 12 meses.

Grandes empreendedores que também investem estão de olho em startups brasileiras com soluções globais. A empreendedora Camila Farani ficou nacionalmente famosa ao participar como jurada do programa Shark Tank Brasil. Ela é presidente da G2Capital, butique de investimento anjo, e já aportou, junto com co-investidores, outros fundos e sua holding, mais de R$ 40 milhões em cerca de 45 empresas. Ao seu lado na Staged Ventures estão Geraldo Neto, criador da venture capital GAA Investment, Flavio Pripas, ex-head do Cubo no Brasil e atual CSO da Digibee, e outros oito investidores.

Criada nos Estados Unidos, a Staged Ventures tem foco em startups B2B em estágio seed, series A ou B, com potencial de entrada no mercado americano. A gestora realiza investimentos primários e secundários, buscando modelos de execução robustos. A expectativa é investir US$ 1,5 milhão a US$10 milhões em até 15 empresas. Duas empresas, que não tiveram seus nomes relevados, já receberam investimento primário e secundário.

A ideia é construir um caminho para que empresas brasileiras entrem com mais facilidade no ecossistema internacional, principalmente nos Estados Unidos. “O mercado americano de startups é o líder mundial. Existe uma construção de valor imensa para esses negócios”, diz Camila.

Exportar soluções é diferente de internacionalizar negócios. Há seis anos morando nos Estados Unidos, Geraldo Neto destaca documentação, preço da jornada, formação de time e estratégia para penetração como os maiores desafios do processo.

“Reunimos um grupo de pessoas que realmente têm profundidade e conhecimento sobre o mundo das startups, que conhecem bem os estágios, os desafios e as oportunidades, e que têm vivido nele com intensidade nos últimos anos”, explica Neto.

A Staged Ventures busca startups que tenham capacidade de escalar com estratégias claras e que entendam as possibilidades de crescimento no mercado internacional.

“Com a Staged Ventures, queremos ser protagonistas para empresas brasileiras de qualidade que buscam a internacionalização. Essas empresas precisam de conhecimento, investimento e um ‘playbook’, ou seja, entender quais são os passos para migrar do nosso mercado, que é grande, mas que não representa o potencial mundial”, detalha o executivo.

FONTE: https://exame.com/negocios/shark-tank-camila-farani-gestao-fundo-para-internacionalizar-startups-brasileiras/