“Caderno Globo: Entre Dados” discute como dar inteligência a informações dispersas

 

Estudo da Globo inclui artigos, entrevistas e análises sobre temas como big data, fake news e ciberativismo

CONVIDADOS DEBATEM DURANTE O LANÇAMENTO DO CADERNO GLOBO: ENTRE DADOS, EM SÃO PAULO (FOTO: GLOBO/BRUNO MOREIRA)

Os dados, sem inteligência, são apenas um monte de bits e bytes”, diz Sergio Valente, diretor de comunicação da Globo. Para discutir formas de dar sentido às informações, foi lançado, nesta sexta-feira (28/09), o Caderno Globo: Entre Dados. A 13ª edição do Caderno aborda os potenciais e as implicações da crescente interconectividade, proporcionada pela tecnologia. O Caderno está disponível online e inclui artigos, entrevistas, análises e também um podcast.

A apresentação incluiu e debates sobre temas como big data, acesso à informação e a relação entre tecnologia e democracia. Entre os palestrantes estavam jovens e empreendedores que desenvolvem projetos relacionados à área. É o caso de Pedro Vilanova, um dos idealizadores da Operação Serenata de Amor. A ferramenta utiliza inteligência artificial para analisar gastos de parlamentares e já encaminhou mais de 600 denúncias à Câmara dos Deputados. Também participou Ana Carolina Dahora, idealizadora do Computação sem Caô. A jovem desenvolve projetos para aproximar profissionais de diferentes áreas a soluções tecnológicas, além de trabalhar pela inclusão de mulheres negras.

“A tecnologia não foi desenvolvida para bem estar social. Agora, paramos para pensar se é possível pautá-la para esse fim”, diz Luciana Bazanella, consultora e professora de áreas como áreas de marketing digital e inovação. Segundo ela, uma colaboração nesse âmbito depende de iniciativas positivas, como as apresentadas pelos jovens, e da intenção de quem detém e implementa as ferramentas tecnológicas.

Para os especialistas reunidos no evento, é importante as pessoas terem consciência de que dados pessoais são explorados, por empresas e redes sociais, para ganhar dinheiro. “Nós temos que nos apropriar da cultura de dados”, diz Ligia Zotini, pesquisadora e fundadora do Voicers, organização de incentivo ao ecossistema de educação digital. “Enquanto não quisermos pagar pelo que consumimos, continuarão monetizando [os dados] por meio desse modelo”.