BRASILEIRO FUNDA FINTECH NOS EUA PARA FACILITAR A VIDA DOS IMIGRANTES QUE MANDAM DINHEIRO PARA SUA TERRA NATAL

A USEND permite que você transfira dinheiro dos Estados Unidos para o Brasil e outros países por meio de um aplicativo

Fernando Fayzano, fundador da USEND, fintech que opera nos EUA (Foto: Divulgação)

É comum, entre imigrantes que vivem nos Estados Unidos, a prática de enviar dinheiro para a sua terra natal. Fernando Fayzano, 48, brasileiro residente do país há 28 anos, viu nessa relação uma oportunidade de negócio.

Pensando em facilitar as transações financeiras entre os Estados Unidos e o mundo, em 2007 criou o Grupo Pontual Money Transfer. E deu certo. Somente este ano, a empresa já transacionou cerca de US$ 282 milhões – cerca de R$ 1 bilhão – para o Brasil.

Com o objetivo de facilitar esses depósitos, o empreendedor está prestes a lançar uma novidade no Brasil: é a fintech USEND, que faz parte do grupo. Antigamente, esses processos eram realizados por agentes – pessoas que trabalhavam em estabelecimentos comerciais com este único propósito. Parte das transações ainda é feita dessa maneira, mas o objetivo é automatizar processos.

Aplicativo da USEND facilita vida de quem quer enviar dinheiro para sua terra natal (Foto: Divulgação)

Fayzano espera que a tecnologia facilite as transações entre países. Segundo o empreendedor, o aplicativo permitirá que depósitos sejam concluídos em menos de 24 horas – dependendo da transação, bastam 15 minutos. O app também vai possibilitar que brasileiros transfiram dinheiro para os EUA.

“Seja para pagar um amigo, transferir dinheiro para a família ou até sustentar um filho morando lá fora, existem muitas pessoas que precisam fazer remessas entre Brasil e Estados Unidos”, diz Fayzano. O serviço ainda permite que o brasileiro residente nos EUA pague contas pelo aplicativo. “Eu diria que grande parte dos brasileiros que mora aqui manda dinheiro para sua terra natal. Queremos ajudar essas pessoas”, diz.

Além de pessoas físicas, o negócio também atende transações entre empresas. De acordo com Fayzano, esta parcela de mercado representa 50% do seu faturamento. Entre os clientes da empresa, estão entidades como agências de turismo que precisam de parceiros que realizem as transações financeiras.

Segundo o empreendedor, segurança é sua prioridade. Alguns de seus maiores rivais realizam esses tipos de transição de maneira ilegal. Para lutar contra isso, juntou-se ao Banco Central em busca de uma regulação do setor.

A aplicação já está funcionando para quem mora nos Estados Unidos. A novidade deve chegar ao país nas próximas duas semanas. Por transação é cobrada uma taxa de US$ 4,99, além do valor da cotação. Dentro da cobrança já está incluso o valor do Imposto sobre operações financeiras. Fayzano espera que até o fim do ano US$ 430 milhões sejam transacionados para o Brasil.
FONTE: PEGN