Assistentes virtuais estão a substituir os smartphones. Saiba o que são

Ainda há muito poucos ou quase nenhuns oficialmente em Portugal mas um estudo da Accenture indica que a tendência já começou.

A comercialização de assistentes digitais de voz duplicou no último ano a nível mundial. A tecnologia que nos permite falar para uma espécie de coluna inteligente em casa e obter dados, música, partilhar informação e afins está a começar a crescer vertiginosamente. 66% dos consumidores que já tem em casa um assistente de voz utiliza cada vez menos os seus telemóveis. Esta é uma das conclusões do estudo “Time to Navigate the Super Myway: Giving Consumers Exactly What They’re Looking For” da Accenture. Segundo o estudo, 64% dos consumidores utiliza menos os seus smartphones para entretenimento, 58% utiliza menos para compras online e 56% para pesquisas de informação geral.

Os assistentes de voz – suportados por inteligência artificial – são dispositivos de hardware independentes, que utilizam interfaces de voz para uma grande variedade de serviços dirigidos ao consumidor – reproduzir música, ligar e desligar o aquecimento central ou as luzes, pesquisar notícias, saber a previsão meteorológica, ou conhecer os resultados desportivos. O estudo demonstra que as previsões de comercialização de assistentes digitais de voz duplicaram face ao ano anterior, atingindo 26% na Alemanha, 24% no Reino Unido, 37% nos EUA, 39% na Índia, 34% no Brasil e 33% na China. A procura destes dispositivos não só tem vindo a crescer, como está também a acompanhar a evolução das necessidades dos consumidores. Dois terços dos inquiridos, quase 63%, confirma estar interessada em adquirir um dispositivo, ou já estar a utilizá-lo. Mesmo assim, uma grande parte dos utilizadores atuais (94%) está satisfeita, ou muito satisfeita, com a aquisição do assistente de voz. “Os assistentes de voz digitais estão a ganhar terreno aos smartphones, enquanto centro de controlo das ações dos utilizadores”, refere Eduardo Fitas, Vice-Presidente e responsável pela área de Comunicações, Media e Tecnologia da Accenture Portugal. Além dos assistentes virtuais, o estudo explorou também a recetividade dos consumidores em relação à Realidade Aumentada (RA) e Realidade Virtual (RV). Os resultados mostram que o interesse dos consumidores vai desde a aplicação em jogos, até outras necessidades práticas do dia-a-dia. Por exemplo, 67% utilizaria a realidade aumentada e virtual para conhecer mais detalhadamente os locais que irá visitar proximamente, ou para formação ou suporte à sua atividade profissionais. Da mesma forma, 61% refere que considera interessante a sua utilização para saber como lhe ficaria uma peça de roupa nova ou assistir a um evento em direto (52%) com uma experiencia mais “envolvente”.

FONTE: DINHEIRO VIVO