As 5 inovações tecnológicas que mudarão o mundo em 2024, segundo a IBM

A IBM já revelou quais serão as 5 inovações tecnológicas que poderão mudar o mundo até 2024

Todo ano, a IBM apresenta uma lista com 5 inovações tecnológicas previstas para os próximos 5 anos, chamada de “5 in 5” (“5 em 5”, em tradução livre). Essas inovações não servem apenas como predições, mas principalmente como um desafio para que empresas e indústrias do ramo possam ter uma base de como trabalhar seu futuro e o futuro da tecnologia.

Na lista desse ano, é possível notar que o destaque principal é o ecossistema alimentar. As soluções propostas e inovações apresentadas procuram fazer com que exista um menor desperdício de recursos, de alimentos, e mais segurança contra bactérias e vermes em geral.

5 inovações para melhorar a eficácia segurança alimentar

Este ano, as 5 inovações previstas pela IBM visam melhorar a segurança dos alimentos e diminuir o impacto ambiental negativo

Jeff Welser, Vice Presidente e Diretor do Instituto de Pesquisa da IBM, afirmou que o fato de eles terem escolhido mudar o foco do 5 em 5 para um tipo de indústria em particular representa uma mudança no papel da informação tecnológica para os anos que virão. Hoje em dia, é preciso pensar nesses problemas de forma mais holística, olhando além de alguns sistemas e principalmente de ecossistemas. Dessa forma, é possível chegar a soluções que podem ser sentidas pela população de uma forma em geral.

Um dos grandes desafios dessa decisão é que as soluções envolvem parcerias com uma diversidade de profissionais, indústrias, empresas e principalmente o público em geral. Mas no fim, problemas como mudança climática e segurança alimentar se tornam mais complexos do que qualquer outro tipo de seguimento. E por isso, nem mesmo a IBM, que já tem um histórico enorme e poderoso de pesquisas, pode fazer tudo sozinha.

1 – Gêmeos digitais

A primeira predição é que em 2024 alguns objetos reais possam ter “gêmeos digitais”, ou seja, uma simulação digital deles, que pode ser manipulada livremente sem necessariamente precisar mexer no objeto real. Nesse caso o foco mesmo é que isso aconteça no sentido de se criar gêmeos digitais de terras, atividades e recursos agrícolas. Os gêmeos são criados através de uma variedade de sensores posicionados nesses terrenos e informações climáticas para que seja criada uma simulação digital bastante precisa do objeto em questão.

Com o uso do gemeo digital será possível prever como mudanças climáticas ou do tempo podem afetar certas áreas de plantio

Na prática é como se eles conseguissem pegar um terreno real e fazer uma cópia exata dele no computador. 

Dessa forma, os produtores, fornecedores de equipamentos, distribuidores de alimentos, departamentos de agricultura e saúde, bancos e qualquer tipo de organizações humanitárias poderão ter acesso a esse gêmeo digital e fazer modificações nele para ver como elas vão afetar na prática esses terrenos ou até mesmo se preparar para eventos futuros usando os dados climáticos e podendo ver com antecedência como eles vão afetar os locais reais através da simulação digital.  É uma solução mais rápida e mais fácil de aumentar o rendimento das culturas e da segurança alimentar, e tudo isso com um custo para o ambiente muito menos impactante e relativamente mais brando.

2 – Diminuição da quantidade de lixo

A segunda solução tem a ver com o uso da tecnologia Blockchain (também conhecido como “protocolo de segurança”) para garantir que as pessoas tenham mais comidas em seus pratos e principalmente evitar o desperdício. Essa tecnologia Blockchain é uma espécie de registro geral, mas onde os dados são divididos entre vários computadores diferentes, o que a torna mais segura. Com isso, se houvesse algum problema como por exemplo um lote de alimentos adulterado, ele seria logo identificado porque acabaria afetado toda a cadeira de dados.

O objetivo aqui é que ela possa monitorar o alimento desde a sua colheita até chegar a casa do consumidor e assim conseguir saber com o tempo o que esse consumidor quer e como balancear as quantidades de cada alimento.

Assim, cada participante desse ecossistema alimentar terá um controle muito maior da sua atividade, seja ela de plantação, colheita, encomenda ou distribuição.

Fazendeiros e distribuidores, saberão exatamente quanto plantar e quanto pedir, diminuindo o desperdício

Isso também será muito bom no sentido de aumentar o rendimento de colheitas para os agricultores, além de garantir que esses alimentos cheguem mais frescos para os consumidores. A empresa afirmou que no final deste século, a população na Terra terá crescido em 45%, enquanto as terras cultiváveis crescerão apenas 20%, o que torna essa preocupação em tornar o ecossistema alimentar mais eficiente ainda mais importante.

3 – Mapeamento genético dos micróbios

Os micróbios formam uma das ameaças mais preocupantes para quem trabalha com alimentos, trazendo contaminações em fazendas, fábricas e mercearias. A previsão nesse caso é que possamos em breve realizar o mapeamento genético desses micróbios e assim, primeiramente, entender quais os que são saudáveis e quais os que trazem essa contaminação.

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Ao analisar o mapeamento genético dos microorganismos, é possível saber se poderão infectar a comida

Essa nova técnica vai permitir que os cientistas possam analisar de forma eficaz e completa a constituição genética dos organismos e nos ensinar muito a respeito da segurança do que consumimos e como aumentá-la. Essa predição tem muito a ver com a próxima, porque conhecendo esse material genético esse conhecimento pode ser utilizado como dado para tecnologias que os identificam mais facilmente.

4 – Identificando bactérias pelo smartphone

Uma das predições mais interessantes é a de que os pesquisadores consigam criar sensores portáteis de inteligência artificial em smartphones que sejam capazes de detectar bactérias, identificá-las e informar se são perigosas ou não. Dessa forma, as pessoas poderão fazer um escaneamento do alimento a sua mesa e em questão de segundos descobrir se tem algo que possa estar contaminado ou não.

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Os sensores poderão detectar bactérias nos alimentos

IBM prevê também a utilização de um vasto banco de dados sobre o genoma microbiano existente para servir como base para essa análise e que só tenderá a aumentar suas informações. Esse salto é muito relevante, uma vez que atualmente esse tipo de teste leva dias, e nesse caso levaria apenas alguns segundos e utilizando um aparelho que está sempre as mãos.

5 – Criação de novos plásticos a partir do lixo

A última predição da lista tem a ver com a reciclagem de plásticos do tipo poliéster. Ela prevê que inovações como a VolCat para isso. Essa tecnologia chamada de VolCat permite que através de um processo químico, alguns plásticos como o poliéster possam ser digeridos e transformados em uma substância capaz de alimentar máquinas de fabricação de plásticos para criar novos produtos.

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A tecnologia permite transformar o plástico em matéria prima

É praticamente uma forma de estar sempre renovando o material em uma reciclagem e, claro, diminuir bastante o impacto ambiental negativo que esses lixos causam atualmente.

FONTE: SHOWMWTECH