Arouca tem 4 startups activas no novo Centro de Incubação e Inovação Industrial

O novo Centro de Incubação e Inovação Industrial (CI3) de Arouca já está em funcionamento em Escariz, acolhendo o que a presidente da autarquia definiu hoje como quatro empresas tecnológicas com potencial para “captar talento” para o concelho.

Quatro projectos venceram o concurso de ‘startups’ (empresas emergentes de base tecnológica) que antecipou a entrada em funcionamento da nova estrutura empresarial do concelho e foram, por isso, as primeiras a instalarem-se formalmente esta semana nesse espaço, que irão ocupar de forma gratuita durante um ano, desenvolvendo atividade nas áreas dos moldes, do ‘software’ e dos motociclos de aventura.

“O empreendedorismo e o fomento do emprego, nomeadamente jovem, tem sido uma preocupação central nossa e, com a entrada em funcionamento do CI3, damos mais um passo para reforçar a atratividade do nosso território e para captar talento para o concelho”, declara à Lusa a presidente da Câmara Municipal de Arouca, Margarida Belém.

A autarca acredita que essa estratégia vai ajudar a criar condições “para a fixação de população” no território e, na expectativa de que as quatro empresas que agora inauguram o CI3 “sejam as primeiras de muitas”, traça já o perfil do empreendedor mais ajustado ao projeto: “Queremos gente apaixonada, com vontade de arriscar, de contribuir para um município mais competitivo e mais rico, e que não espere pelas condições ideais para fazer o futuro acontecer”.

Por enquanto, o CI3 está a funcionar na Junta de Freguesia de Escariz, onde o espaço preparado para acolher as suas primeiras quatro ‘startups’ conta com o apoio técnico não apenas da Câmara de Arouca e da Associação Empresarial de Arouca e Cambra, mas também da Associação Nacional de Jovens Empresários e do UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto.

O objetivo da câmara, no entanto, é transferir essas e futuras empresas para um edifício próprio, sendo que, para isso, ainda estão a ser estudados mecanismos de financiamento.

A estrutura já tem, contudo, um projeto de arquitetura da autoria de Samuel Gonçalves, que idealizou o futuro edifício em formato de construção modular no Sistema Gomos, para que a qualquer altura o imóvel possa ser ampliado com recurso à implementação facilitada de novos módulos.

Entretanto, as quatro empresas instaladas na junta de freguesia já começaram a aplicar na sua atividade os 2.500 euros que cada uma delas recebeu como prémio ao vencer o CI3 Startup, disputado por dez candidatos.

A Primeipt quer desenvolver “soluções de engenharia na área de produção de moldes e injeção de plásticos para qualquer tipo de indústria, seja automóvel, calçado, cortiça, medicina, ‘brands’ ou alimentar”. Nesse sentido, conta com a parceria com a já consolidada Primemold – Moldes Técnicos, Lda.

A BestContent define-se, por sua vez, como “uma ‘startup’ de ‘software’ que dá apoio às empresas na gestão e organização das atividades de marketing, acompanhando desde o planeamento da estratégia até às análises de resultados”, sempre com recurso a uma plataforma desenvolvida internamente para esse fim específico.

Já a Tegnit – Motorcycle Hardparts, ligada ao setor da transformação e metalomecânica, quer “desenhar peças e acessórios com vista a proteger a integridade dos componentes vitais do motociclo em condições de utilização extrema” e pretende também “desenvolver acessórios que aumentem o conforto do motociclista em viagens longas”.

Quanto à UbiSistémica – Systems Design, Development and Delivery, Lda., é especializada em tecnologias de informação, comunicação e eletrónica, atuando em áreas como a arquitetura, o marketing digital, a consultoria em gestão e a otimização de negócios. Já vende ‘software’ próprio, como o que permite à indústria monitorizar a segurança de pessoas em tempo real.

FONTE:  PAIVENSE