A ARM apresentou nesta terça-feira as primeiras CPUs e GPUs baseadas em sua arquitetura Armv9. A empresa promete que os novos designs trarão ganhos de desempenho de até 30%, resultando em smartphones ainda mais poderosos em um futuro próximo.
Essa configuração é chamada big.LITTLE, onde há uma combinação de um núcleo mais poderoso para tarefas que exigem “força bruta”, com núcleos menores e mais eficientes para tarefas mais leves.
No caso do Snapdragon 888, por exemplo, o conjunto é formado por um Cortex-X1, três Cortex-A78 (big) e quatro Cortex-A55 (LITTLE), com uma GPU Adreno desenvolvida pela própria Qualcomm.
A primeira nova CPU da ARM é a Cortex-A710, um núcleo “big” que promete desempenho até 10% melhor, com 30% de economia no uso de energia, em relação ao atual Cortex-A78. Para acompanhá-lo há o Cortex-A510, um núcleo “little” que promete desempenho até 30% melhor, e consumo de energia 20% menor, do que o Cortex-A55 lançado em 2017.
Por fim há o Cortex-X2, um núcleo “customizável” por fabricantes que promete desempenho 16% superior ao Cortex-X1 lançado no ano passado. E além das CPUs, a ARM também apresentou três novas GPUs.
No topo da linha está a Mali-G710, que promete ser 20% mais rápida e consumir 20% menos energia que os modelos atuais. A Mali-G510 é um modelo intermediário para aparelhos com preço mais acessível, e a Mali-G310 é o modelo para smartphones de entrada.
Segundo a ARM, um SoC formado por um Cortex-X2, três Cortex-A710 e quatro Cortex-A510 deve oferecer desempenho e eficiência 30% melhores em comparação aos modelos atualmente disponíveis. Mas ainda deve demorar um pouco para que os consumidores possam sentir o benefício das novas CPUs e GPUs.
Isso porque a ARM não fabrica chips, apenas licencia o design para fabricantes como a Qualcomm e Mediatek, que o implementam em seus produtos. Por isso, smartphones com chips baseados na nova arquitetura só devem chegar ao mercado em 2022.