Aplicativo resume livros de negócios em apenas 12 minutos

Criado pelo brasileiro Diego Gomes, o 12 minutos já tem mais de 1 mil assinantes e 200 livros cadastrados

em 05/07/2017

 Por Matheus Mans – O Estado de S.Paulo

Diego Gomes, cofundador do aplicativo 12 minutos

Diego Gomes, cofundador do aplicativo 12 minutos

Já imaginou ler cinco livros em apenas uma hora? Parece impossível, mas o empreendedor Diego Gomes quer tornar este objetivo uma realidade. Criador do aplicativo 12 Minutos, o mineiro resume livros de negócios inteiros apenas nesta fração de tempo, indicando todos os principais pontos abordados na obra e possibilitando que o usuário decida se vale a pena ou não investir seu tempo na leitura do livro.

“Tinha o hábito de ler textos de empreendedorismo e fazer anotações do que chamava a minha atenção. Com o tempo, criei um catálogo com os pontos mais importantes do que li”, conta Diego Gomes ao Estado. “Vi que muita gente poderia se beneficiar deste conteúdo e resolvi criar, junto com minha esposa, uma plataforma para reunir resumos dos principais e mais importantes livros de negócios.”

Há seis meses no ar, o 12 minutos já conta com 1 mil assinantes, que pagam uma taxa anual de R$ 298,80 — que pode ser dividido em doze vezes, fazendo com que o valor fique próximo do que é pago no Netflix e no Spotify, por exemplo. Com o valor, é possível ouvir os resumos em áudio de mais de 200 livros, como O Poder do Hábito, de Charles Duhigg, e Os Segredos da Mente Milionária, de T. Harv Eker.

“A ideia não é substituir os livros”, afirma Diego Gomes. “Queremos que o 12 minutos seja um complemento para as pessoas, que poderão acessar o aplicativo e decidir, apenas em poucos minutos, se vale a pena investir horas de sua vida para a leitura completa de um livro. Com tantas opções de leitura e tempo cada vez mais escasso, é essencial estabelecer as prioridades que tornarão a rotina mais produtiva. ”

Gomes afirma que o aplicativo vai continuar voltado para os nichos — livros de ficção, por exemplo, não terão espaço na plataforma. “Não faz sentido resumir Moby Dick”, diz. “Livros de ficção, quando resumidos, perdem a essência e a arte do conteúdo. Vamos continuar resumindo apenas os livros de negócios e de áreas específicas, onde as ideias podem ser resumidas sem prejuízo para nenhuma das partes envolvidas.”