Aplicativo conecta deficientes visuais e voluntários para ajuda em tarefas diárias

O Be My Eyes conta com 3 milhões de voluntários em 150 países

No final dos anos 80, aos 25 anos, o artesão de móveis dinamarquês Hans Jørgen Wiberg começou a perder a visão, vítima de uma doença genética. Como voluntário de uma associação de deficientes visuais, Hans percebeu que muitos cegos e pessoas com baixa acuidade visual, como ele, frequentemente tinham de recorrer à ajuda de terceiros para realizar as atividades mais comezinhas.

“Nos velhos tempos, uma máquina de café, por exemplo, tinha apenas um botão, liga-desliga”, diz o artesão. “Hoje praticamente precisamos de um diploma para fazer uma xícara de café”, brinca.

Um amigo lhe contou que para driblar as dificuldades do dia a dia, como checar a data de validade de um produto ou escolher a cor da gravata, realizava chamadas de vídeo com parentes e amigos. Hans teve então a ideia de criar um aplicativo para conectar deficientes visuais e voluntários, por meio de videochamadas.

Em 2012, ele apresentou o projeto em uma competição de startups e, três anos depois, em um dia 15 de janeiro, o Be My Eyes foi lançado. Nas primeiras 24 horas, o app tinha quase 10 mil inscritos.

Até 14 de novembro do ano passado, 3 milhões de pessoas estavam inscritas como voluntárias e 110 mil deficientes recorriam frequentemente ao sistema, em 150 países e 180 idiomas. Em 2017, o Be My Eyes foi escolhido melhor aplicativo Google Play nas categorias “Mais Inovador” e “Melhor Ajudante Diário”.

Em 2018, destacou-se novamente, escolhido pela equipe Google como “Melhor Aplicativo de Acessibilidade”. Segundo a Organização Mundial de Saúde, os cegos somam 39 milhões, e os portadores de perda moderada ou severa de visão, 246 milhões.

FONTE?Em 2018, destacou-se novamente, escolhido pela equipe Google como “Melhor Aplicativo de Acessibilidade”. Segundo a Organização Mundial de Saúde, os cegos somam 39 milhões, e os portadores de perda moderada ou severa de visão, 246 milhões.

FONTE: ÉPOCA