As parcerias entre fornecedores e prestadores de serviços vão estar em ascensão.
A IoT vai evoluir alicerçada nos seus pontos fortes actuais durante o próximo ano. A sua presença nos sectores da indústria fabril, energético e de transportes alargar-se e o seu uso deverá aumentar em áreas como as da Saúde e retalho.
Rohit Mehra, vice-presidente de IDC para pesquisas em infra-estrutura de rede, disse que esses sectores em que a IoT está a ganhar mais força, acolhem novas aplicações que tornam a sua implantação mais atractiva para os utilizadores finais.
“Os novos casos de uso e a implantação em empresas distribuídas, no retalho e na logística, saúde e cidades inteligentes irão proporcionar um impulso crescente nesses verticais”, afirmou. De acordo com o director do programa de IoT do campus da Northeastern University, em Silicon Valley, Kilton Hopkins, um tema comum para as novas implementações em 2018 envolverá a coordenação de infra-estrutura de alto valor que ocupa áreas geográficas relativamente grandes.
“Muitos segmentos verticais ainda possuem operações comerciais que implicam a observação manual do estado do equipamento, níveis de inventário e outros indicadores-chave”, afirmou. “Onde há observação manual, pode haver uma óptima oportunidade para um projecto com ROI elevado e envolvendo IoT.
Alguns verticais com muitas observações manuais são os da exploração petrolífera e de gás, distribuição de energia, cadeias de abastecimento e telecomunicações “.
Além disso, algumas empresas que não lidam necessariamente com a IoT para o negócio verão o seu envolvimento com a tecnologia expandir, graças a uma crescente presença desta em edifícios inteligentes, prevê Mehra.
“O aumento de factores positivos para a implantação de IoT robustizadas relacionadas com sistemas de automação na construção civil ajudará a estimular as implementações de IoT em interiores, para complementar várias iniciativas para o exterior, no sector da energia, outras utilities e transportes”, afirmou.
Capacidades de gestão melhoram
Colega de Hopkins e vice-presidente da Northeastern University, P.K. Agarwal diz que as aplicações para gestão de redes de IoT em larga escala está a tornar-se mais atraente em parte porque a tecnologia em torno da IoT está a avançar rapidamente.
“A gestão de dispositivos e a gestão da conectividade já existem há vários anos, mas agora que várias peças dos sistemas de IoT estão a ser conjugadas para formar soluções inteiras em escala empresarial, a tecnologia para gestão dessas soluções elevou-se “lista de desejos” nas organizações”, refere.
Uma parte do que vai dar forma a esse crescimento, de acordo com um conjunto de previsões da Forrester, é a mudança a chegar aos serviços de IoT durante 2018. Existe uma ampla gama de ofertas diferentes, oferecendo diferentes recursos ‒ projectar, integrar e gerir sistemas de IoT ‒ para diferentes utilizadores.
Estes, têm todos necessidades diferentes, o que vai influenciar um realinhamento entre os fornecedores dessas plataformas, que incluem a AWS, Microsoft e a GE. “Designers a recorrerem à IoT para a desenharem… e integrarem em produtos e experiências precisam de recursos para gestão, monitorização e controlo remoto de produtos”, dizem os analistas.
“Os operadores precisam de software de orquestração que integre o seu conjunto diversificado de activos empresariais capacitados para IoT em processos de negócio coesos que eles possam focar na execução do negócio, sem terem de gerir manualmente os bits da IoT”. Além disso, essas plataformas tornar-se-ão cada vez mais bases de parceria entre empresas gestoras de operações de tecnologia, como a GE e a Siemens e os fornecedores de plataformas de cloud como a Amazon e a Google, permitindo que ambos os grupos se concentrem no que são bons ‒ conjugar competências de gestão operacional em grandes escala e capacidade de TI.
“Os clientes que executam os volumes de trabalho de produção no centro de dados do fornecedor de plataformas de IoT industrial, vão rapidamente tornar-se a excepção, e não a regra”, dizem os analistas.
Paradoxo na segurança
Várias questões persistem no uso de IoT e principalmente relacionadas com a segurança. No entanto, simplesmente não é rentável proteger todas as implementações do IoT à escala do sensor.
Mas os problemas de segurança da IoT não impedem as empresas de implementá-las para ajudar na segurança não digital. Uma pesquisa da Spiceworks descobriu que a segurança física estimulava o lançamento dos primeiros projectos-piloto de IoT.
A tecnologia para marketing, também será um dos principais impulsionadores do crescimento da IoT em 2018, de acordo com analistas da Forrester. O marketing de empresas para consumidores não tem sido uma área de força tradicional para a IoT. Mas isso tende a mudar .
“O ‘hype’ e a crescente adopção de agentes inteligentes como o Amazon Alexa e o Google Assistant em cada vez mais e mais dispositivos abrirão os olhos dos comerciantes para novas formas de interagir com clientes mais do que qualquer outra tecnologia recente, inclusive os ‘wearables’”, dizem os investigadores.
FONTE: COMPUTER WORLD