AMERICANO CRIA APLICATIVO ANTISSOCIAL PARA NÃO SE ENCONTRAR COM PESSOAS NA RUA

O Hell is other people usa as referências de localização do Foursquare para avisar onde o usuário não deve ir

O nome do aplicativo é Hell is other people (Foto: ThinkStock)

No livro Sem Saída, do filósofo e escritor francês Jean-Paul Sartre, o personagem Joseph Garcin afirma que “o inferno são os outros”, explicando que nenhuma maneira de tortura é tão contundente quanto ser obrigado a aturar pessoas das quais não se pode escapar. O empreendedor americano Scott Garner levou a frase de Sartre tão a sério que criou um aplicativo que permite aos usuários localizar e escapar daquelas pessoas que não gostam de encontrar na rua.

O nome do aplicativo é Hell is other people, exatamente a mesma frase traduzida para o inglês. Já chamado de rede antissocial, o app usa o serviço de georreferenciamento do Foursquare para localizar pessoas que fizeram check-in nas redondezas. As referências então são passadas para um mapa, que mostram os lugares a evitar. O aplicativo até calcula a distância mínima que o usuário deve ficar dos pontos de perigo para evitar um encontro pelas redondezas.

No mapa dos lugares a manter distância, pontos em laranja sinalizam os últimos 20 locais onde as pessoas seguidas – ou evitadas – fizeram check-in. Já os pontos em verde representam as áreas onde há risco de um encontro acidental.

A grande ironia é o fato de o usuário antissocial precisar ser cadastrado na rede social Foursquare e seguir as pessoas que não deseja encontrar.

O programa não é voltado apenas para os inimigos. No vídeo descritivo sobre sua aplicação, Garner afirma que ele pode ser usado também para os amigos verdadeiros, caso o usuário esteja atrasado ou simplesmente não esteja no clima para conversar com um conhecido que acabou de encontrar na rua.

No vídeo do aplicativo, Garner também diz que o app é uma sátira, a expressão de seu desdém por mídias sociais e uma forma de explorar as próprias dificuldades e ansiedades sociais. Seu próximo passo será incorporar dados de localização de outras plataformas, como Twitter e Facebook.

FONTE: PEGN