Alunos do Cefet-MG desenvolvem impressora 3D que produz chocolate

Protótipo da máquina desenvolvida no Cefet e o chocolate (Ceet-MG/Divulgação)

Por essa nem o Willy Wonka, famoso personagem do filme A fantástica fábrica de chocolates, esperava. Impressoras 3D podem ser usadas para a produção de doces perfeitos esteticamente e ainda mais gostosos. Alunos do curso técnico de Eletrônica do Cefet-MG, em Belo Horizonte, estão se debruçando sobre um projeto para desenvolver uma impressora 3D de chocolates precisa, porém de menor custo.

A pesquisa foi uma das selecionadas para participar da 17a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), organizada pela Universidade de São Paulo (USP), e que ocorre de 19 a 21 de março.

O trabalho desenvolvido por Carolina Kuroda, Danilo Garcia Mariano e Caio Cesar Vieira, sob a orientação do professor Ronan Drummond e a co-orientação do professor Enderson Neves, começou com base em um projeto de extensão realizado entre 2016 e 2017, e que criou uma extrusora de chocolate.

Dois dos alunos envolvidos no projeto da impressora 3D (Cefet-MG/Divulgação)

“Nosso projeto é continuação desse, uma vez que a impressora é formada pela extrusora, responsável por expelir o chocolate; e pela impressora, onde é processada a peça com a divisão de camadas, especificações dimensionais e a duração do processo”, explica Carolina.

O professor Ronan diz que a impressora foi adaptada a partir de um modelo 3D convencional e que permite imprimir peças bidimensionais e tridimensionais simples, com até três camadas, utilizando chocolate ou outros materiais pastosos como creme de avelã e doce de leite. Segundo
o professor, as impressoras 3D de chocolate são recentes no mercado e com preço ainda alto.

“Além do custo reduzido ao adaptar uma máquina convencional, a impressora desenvolvida pelos alunos oferece muitos desafios e possibilidades para pesquisa e desenvolvimento”, esclarece.

O foco da equipe agora é aprimorar o projeto, determinando os parâmetros ideais de impressão como velocidade, controle de temperatura e dinâmica de movimentação da extrusora para que seja possível aumentar o número de camadas e o nível de detalhamento mantendo a boa qualidade do chocolate.

As melhorias já atingidas foram essenciais para o prolongamento da vida útil das peças e para contornar a solidificação do chocolate. “A participação nesse trabalho nos agregou muito conhecimento e experiência, não somente na área da eletrônica, mas também da mecânica, química, física, no relacionamento interpessoal e, principalmente, no desenvolvimento de habilidades para resolução de problemas”, avalia Danilo.

Prêmio

Além de selecionado nacionalmente para a Febrace 2019, o trabalho foi premiado em 1º lugar na categoria Ciência e Inovação Tecnológica na
Mostra Específica de Trabalhos e Aplicações (Meta) do Cefet-MG em 2017. Atualmente, a impressora 3D de chocolate está sendo utilizada também em projeto de extensão com o objetivo de divulgar cursos do Cefet em escolas de ensino fundamental e médio.

FONTE: CEFET MG