Algoritmo do sucesso: ‘startup’ lusa Enging internacionaliza pioneirismo no mercado da manutenção preditiva

O ecossistema empresarial das startups é cada vez mais um habitat de ascensões de sucesso em Portugal e a reforçar a regra está o crescimento da Enging, a startup de Oliveira do Hospital que oferece soluções inovadoras de monitorização da condição de activos industriais, desenvolvidas com um algoritmo próprio.

De Oliveira do Hospital para o mundo: pioneira Enging em disseminação pela Europa, Brasil e com Índia na mira

Criada em 2011, a Enging detém já «uma posição cimentada no mercado de manutenção preditiva em Portugal e está a ganhar rapidamente escala a nível mundial», atesta a startup, que marca actualmente presença em Espanha, Itália, Reino Unido e Brasil e prepara-se agora para entrar nos mercados da região DACH (Alemanha, Áustria e Suíça). «O mercado indiano também está no horizonte», frisou a empresa, via comunicado, ao qual tivemos acesso.

Partindo da premissa tecnológica da Industrial Internet of Things, a Enging disponibiliza soluções não-invasivas que detectam a maioria das avarias em motores e transformadores através de uma nova técnica de manutenção preditiva baseada apenas em variáveis eléctricas; explica a empresa que se trata «de uma tecnologia pioneira no mercado, que usa um algoritmo próprio e que se destaca pelos resultados obtidos e pelos baixos custos».

Com estas soluções, as empresas evitam quebras na produtividade, não param as máquinas para rotinas planificadas de manutenção, previnem acidentes de trabalho e não gastam grandes valores em manutenção ou substituição de máquina, podendo poupar milhares de euros a médio e longo prazo.

Vendas para mercados internacionais já representam 50%, afiança Marco Ferreira, co-fundador da Enging

«Nos primeiros anos de operação, as vendas para mercados internacionais rondaram os 10%, mas em 2018 já representam 50% e a nossa ambição é chegar a um patamar em que 90% das vendas é para o exterior. O mercado internacional é muito grande e rico em oportunidades, já que as nossas soluções podem ser implementadas praticamente em toda a indústria», explicou conta Marco Ferreira, director geral e co-fundador da Enging.

Para 2019, um dos «principais focos está na região DACH», com a qual a startup portuguesa já fechou alguns contratos. Outra das ambições para o próximo ano é «chegar ao continente asiático, começando pela Índia», mercado com forte potencial, não só pela dimensão do país, como pelas inúmeras oportunidades nas diversas áreas industriais onde a Enging actua, nomeadamente em centrais nucleares.

«A Enging oferece um produto único no mundo», afirma Francisco Ferreira Pinto, administrador executivo da Busy Angels

«A Enging oferece um produto único no mundo, com grande eficácia na detecção de falhas nos equipamentos, simples e eficaz, já que funciona online e com um interface user-friendly. A tecnologia tem vindo a ser desafiada por algumas das indústrias mais exigentes a nível técnico, passando com distinção todos os testes a que se tem submetido e sendo hoje já uma referência internacional na monitorização preditiva de máquinas eléctricas, declarou, citado pelo comunicado, Francisco Ferreira Pinto, administrador executivo da Busy Angels.

A empresa despontou do BLC3 – Campus de Tecnologia e Inovação, em Oliveira do Hospital para o mundo e tem vindo a mais que duplicar as suas vendas anualmente e «a expectativa é que, em 2019, o volume de negócios supere 1 milhão de euros, com a empresa a perspectivar 70 novos projectos e 20 novos clientes para o próximo ano», adiantou a startup.

De acordo com a consultora Navigant Research, o mercado da manutenção preditiva já vale mais de 1,5 mil milhões de euros e deverá atingir os 5,3 mil milhões em 2021.

FONTE: REVISTA CARGO