Inovação e tecnologia ajudam a aprimorar o saneamento básico

desenvolvimento constante de novas tecnologias é fundamental para aumentar a eficiência nos serviços de saneamento básico. Com sistemas complexos, em que redes de distribuição podem se estender por dezenas de quilômetros, a ampliação da oferta e a redução das perdas – e dos custos – passa obrigatoriamente por soluções inovadoras e criativas.

Parte dessa inovação vem de dentro das próprias empresas de saneamento, como a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), que criou em 2010 uma Superintendência de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico, Inovação e Novos Negócios.

Esse setor conta com 23 pessoas, em sua maioria mestres em Engenharia Civil, Mecânica e Sanitária. Em 2016, foram investidos R$ 16 milhões nessa área da companhia. Além disso, um convênio com a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) destinará R$ 50 milhões até 2029 para financiar projetos com universidades e centros de pesquisa.

Os projetos adotados e desenvolvidos pela área, alguns já implementados e outros ainda em fase de protótipo, vão desde biofiltros que reduzem o odor em estações de bombeamento e tratamento de esgoto – usando uma mistura vegetal feita de casca de coco – até um sistema de microfones que identificam vazamentos na rede de água sem a necessidade de deslocar equipes para detectá-los.

A ideia da Sabesp é melhorar processos e acabar com a dependência de fornecedores externos, trazendo tecnologias de fora que, muitas vezes, não atendem às demandas da empresa. “Às vezes é preciso ‘tropicalizar’ as soluções, adequando às nossas necessidades”, diz Fabiana Rorato, gerente de Prospecção Tecnológica e Propriedade Intelectual da empresa.

Internet das Coisas

A “Internet das Coisas” (ou IoT, na sigla em inglês, Internet of Things) é outra tecnologia usada para aumentar a eficiência no saneamento básico. Na distribuição de água potável, por exemplo, sofisticados sensores online já são usados em alguns clientes, gerando dados sobre consumo e enviando informações instantâneas a uma central.

Com uma medição de água mais precisa e em tempo real, é possível, além de identificar desperdício, projetar o aumento de demanda e planejar melhor a ampliação do fornecimento no futuro. Do lado do cliente, é possível acessar o sistema ou receber alertas via e-mail ou SMS, caso haja um consumo acima do normal. Com isso, possíveis vazamentos ou desperdícios são detectados antes que chegue a conta seguinte, gerando mais economia.

FONTE: G1