70% dos brasileiros usam o smartphone para controlar outros dispositivos, diz Deloitte

De acordo com pesquisa, 85% usam smartphone no trabalho para questões pessoais, e 66% usam fora do expediente para questões profissionais

O filme, o futebol, a música no carro e até a segurança da casa: tudo hoje passa pelo smartphone. Segundo o Global Mobile Consumer Survey Brasil 2019 da Deloitte, 69% dos brasileiros usam o celular para se conectar com outros dispositivos em casa, no carro e no trabalho para usos diversos. Quase metade dos consumidores, por exemplo, espelham conteúdo de seu celular na TV.

“O consumidor vai demandar conectividade para tudo o que ele vai fazer,” disse Clarissa Gaiato, diretora de Transformação Digital da Deloitte, a Época NEGÓCIOS. “Ele tem uma clareza do que quer: conveniência, rapidez, o poder de acessar tudo.”

A conectividade vai além do lazer: pelo menos 9% dos brasileiros disseram já usar o smartphone para cuidar da saúde, monitorar alimentação e atividade física, e controlar o sistema de segurança de sua casa.

É o quarto ano em que a Deloitte encomenda o Global Mobile Consumer Survey no Brasil. Segundo Gaiatto, a conectividade elevou outra questão que já era tendência nas pesquisa anteriores.

“Celular, como é móvel, derrubou as fronteiras entre trabalho e vida pessoal,” afirmou. “É o pessoal no privado e privado no pessoal.”

85% dos entrevistados admitiram uso do smartphone para fins pessoais durante o expediente. Desses, mais de metade afirmou que fazem isso com frequência. Por outro lado, 66% dos consumidores afirmaram que usam o smartphone fora do expediente para resolver questões de trabalho.

O uso do celular para compras também cresceu, mas Gaiatto afirma que não é sinal de confiança com o e-commerce. Em vez disso, o consumidor está cada vez mais atrelando apps de entrega de comida e outros serviços com “compras online”. Esses aplicativos “removeram fricções”, segundo Gaiatto.

Otimismo com o 5G

A chegada da rede 5G traz reações positivas do consumidor brasileiro, segundo a pesquisa. 69% dos entrevistados pagaria mais pelo 5G se isso significasse um aumento em 10 vezes da velocidade da internet e 45% migraria para a rede assim que fosse possível.

Apesar de os impactos do 5G irem além de apenas a velocidade da internet, Gaiatto acredita que o brasileiro vê a nova rede como bem mais positiva.

“A gente nunca teve visto uma mudança de uma forma tão acelerada,” disse. “Em todos os casos, vai ter mau uso, coisa negativa, mas o consumidor vê (o 5G) como abertura para mais coisas.”

FONTE: ÉPOCA